O presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), Enoque Pereira, falou sobre a situação das Estações de Tratamento de Água (ETA) da capital Rio Branco, revelando problemas atuais e soluções futuras que estão sendo planejadas desde já.

A ETA II será reestruturada com verbas federais, já a ETA I terá investimento do estado/Foto: Reprodução
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De acordo com o gestor, o sistema de armazenamento e distribuição de água na capital é muito antigo, e ficou um longo período sem receber as atualizações necessárias e devido isso o tempo para que a manutenção seja realizada é longo.
“Rio Branco tem um sistema muito antigo, algumas regionais tem 40 anos. A cidade também cresceu muito, e o tamanho do sistema não acompanhou. Certos trechos que teriam capacidade de 5 mil residências, está fazendo 15 mil na mesma estrutura, temos esses gargalos que precisam ser resolvidos”, explicou.
Pereira falou sobre o volume das captações de água realizadas pelas estações de tratamento, que têm trabalhado em sua plena capacidade. “A parte de captação está normalizada, mas as máquinas que usamos são caras, temos um parque de máquinas muito grande e com muitas máquinas e elas são muito velhas. Não temos condições de trocar todas, então temos que fazer aos poucos, vendo o que é mais prioritário”, disse ele, revelando que em cerca de um mês a ETA II estará totalmente revitalizada, com maquinário novo, através do uso de recursos federais.
“Teremos ela funcionando com garantia de 5 a 10 anos de captação, e isso é uma segurança que a gente pode dar pro usuário de Rio Branco, já a ETA I está em processo de licitação, que será feita pelo estado. Tudo isso deve acontecer até o final deste ano, mais tardar no começo do ano que vem”, explicou.

O presidente explica que além da captação, existem ainda os processos de tratamento e distribuição da água, que também precisam ser revisados para potencializar o serviço para a população/Foto: ContilNet
Entretanto, a captação é apenas o primeiro passo. Após esta etapa, é preciso realizar o tratamento, e depois dele, a distribuição, sendo necessário um ‘check-up’ em todos esses passos, o que já vem acontecendo, segundo o presidente.
“As pessoas reclamam da falta d’água, mas as redes não estavam mais suportando a quantidade de usuários, estamos fazendo essa atualização. Estamos com um planejamento de realizar, na parte alta da cidade, para criar reservatórios e assegurar que não falte água para lá também, essas ações precisam ser feitas”.
Enoque reforça ainda que no começo da gestão do Saerb por parte da prefeitura, apenas 28% da capacidade de pagamentos do mês, ou seja, de R$100 que o Saerb receberia, apenas R$28 chegavam aos cofres. Atualmente a captação de pagamentos é de 77%, entretanto, o valor deverá chegar ao valor máximo apenas no ano de 2026.