Forças israelenses apreenderam um barco de ajuda humanitária com destino a Gaza e detiveram Greta Thunberg e outros ativistas que estavam a bordo na manhã desta segunda-feira (9), reforçando um bloqueio de longa data do território palestino que foi intensificado durante a guerra com o Hamas.
Os ativistas decidiram protestar contra a atual campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, que está entre as mais mortais e destrutivas desde a Segunda Guerra Mundial, e suas restrições à entrada de ajuda humanitária, que colocaram o território de cerca de 2 milhões de palestinos em risco de fome.

Israel já tinha prometido impedir que barco de ajuda humanitária liderado por Greta Thunberg chegasse a Gaza — Foto: AP Foto/Salvatore Cavalli)
A Coalizão da Flotilha da Liberdade, que organizou a viagem, disse que os ativistas foram “sequestrados pelas forças israelenses” enquanto tentavam entregar ajuda ao território.
“O navio foi abordado ilegalmente, sua tripulação civil desarmada foi sequestrada e sua carga — incluindo alimentos e suprimentos médicos — foi confiscada”, afirmou o órgão em um comunicado. Afirmou ainda que o navio foi apreendido em águas internacionais a cerca de 200 quilômetros de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel descreveu a viagem como um golpe de relações públicas, dizendo em uma publicação nas redes sociais que “o ‘iate de selfies’ das ‘celebridades’ está a caminho, em segurança, da costa de Israel”.
O comunicado afirmou que os ativistas retornariam aos seus países de origem e que a ajuda seria enviada a Gaza pelos canais estabelecidos.