“Não abandonei a Juliana”: guia se defende após acidente com brasileira em vulcão na Indonésia

Publicitária está há dias em local de difícil acesso; família denuncia negligência no resgate

O guia responsável por acompanhar Juliana Marins durante a trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, negou ter abandonado a brasileira após ela relatar cansaço. Em entrevista ao jornal O Globo, Ali Musthofa disse que o combinado era esperar por Juliana um pouco mais à frente na caminhada, e que só se afastou por “três minutos” antes de perceber sua ausência.

Ali Musthofa, à frente da selfie, levava Juliana Marins e outros turistas por trilha do Monte Rinjani — Foto: Instagram

Juliana, de 26 anos, caiu em uma área de difícil acesso no último fim de semana e está há mais de três dias à espera de resgate, em condições extremas. Familiares acusam as autoridades locais de negligência, especialmente após a suspensão das buscas pelo terceiro dia seguido devido ao mau tempo.

🗣️ “Na verdade, eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, ela não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei”, contou o guia.

Musthofa afirma que localizou Juliana após ver a luz de uma lanterna a cerca de 150 metros abaixo de um barranco, de onde ouviu gritos por socorro. Segundo ele, foi impossível descer sem equipamentos adequados, então entrou em contato com a empresa para acionar o resgate.


Família denuncia demora e clima agrava resgate

O terreno onde Juliana está foi descrito pela irmã, Mariana Marins, como “extremamente severo”, com risco de deslizamentos, neblina densa e pouca visibilidade. A família afirma que a brasileira está sem água, comida ou agasalho há dias e critica a lentidão das autoridades locais.

📹 Um vídeo enviado à família pela prefeitura de Niterói mostra o local tomado por neblina, dificultando o uso de drones. A publicitária foi vista pela última vez por volta das 17h10 de sábado (22), sentada na encosta após a queda, em imagens captadas por um drone de outros turistas.

Apesar das dificuldades, o governo brasileiro confirmou que dois funcionários da embaixada se deslocaram até o local para acompanhar as buscas.


Acidente em trilha difícil e popular entre turistas

Juliana participava de uma trilha no Monte Rinjani, segundo vulcão mais alto da Indonésia, com 3.726 metros de altitude. O percurso é conhecido pela dificuldade, com pacotes que duram de dois a quatro dias.

Ela fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro, passando por Filipinas, Tailândia e Vietnã, até chegar à Indonésia. Após o acidente, amigos que também estavam na trilha usaram as redes sociais para alertar a família no Brasil.

Segundo Mariana, Juliana despencou mais de 300 metros e, com o terreno úmido e instável, acabou escorregando ainda mais montanha abaixo, impedindo o resgate aéreo.


🔗 Leia a matéria original em O Globo:
Guia que levava brasileira por trilha em vulcão na Indonésia dá a sua versão: ‘Não abandonei a Juliana’

✍️ Reescrito por Redação ContilNet, com informações do portal O Globo.

PUBLICIDADE

Bloqueador de anuncios detectado

Por favor, apoie-nos desativando sua extensão AdBlocker de seus navegadores para o nosso site.