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Pesquisadora chinesa é presa nos EUA por envio irregular de material biológico para universidade americana

Por Redação ContilNet

Uma cientista chinesa foi detida neste domingo (9) ao desembarcar no Aeroporto de Detroit, nos Estados Unidos, sob acusação de contrabandear material biológico para fins de pesquisa sem a devida autorização. A informação foi divulgada por autoridades federais norte-americanas nesta segunda-feira (10).

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De acordo com o FBI, a pesquisadora havia enviado anteriormente amostras biológicas relacionadas a vermes para um laboratório da Universidade de Michigan, sem cumprir os protocolos exigidos para a importação desse tipo de material nos EUA. Segundo o órgão, essas remessas ocorreram em ocasiões distintas, incluindo uma em que o material foi ocultado dentro de um livro.

“A legislação americana sobre importação de materiais biológicos é rígida e bem definida. Violações como essa comprometem o trabalho sério de outros acadêmicos estrangeiros”, destacou John Nowak, representante da Alfândega e Proteção de Fronteiras.

A cientista é vinculada à Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na cidade de Wuhan, e viajou aos Estados Unidos para participar de um projeto na Universidade de Michigan. Ela está detida enquanto aguarda audiência de fiança, marcada para esta quarta-feira (12).

Embora o FBI não tenha informado se o material enviado apresentava riscos à saúde pública, o procurador Jerome Gorgon Jr. afirmou que o caso representa uma ameaça à segurança nacional. Já o biólogo Michael Shapira, da Universidade da Califórnia, minimizou a gravidade do conteúdo: “Aparentemente, o material não é perigoso, mas há normas que precisam ser seguidas”.

Esse episódio se soma a outro ocorrido recentemente, envolvendo dois cientistas chineses acusados de tentar trazer um fungo tóxico para os Estados Unidos. Um deles foi deportado, e o outro, também vinculado à Universidade de Michigan, permanece sob custódia.

As autoridades americanas têm intensificado a fiscalização sobre a entrada de materiais biológicos no país, principalmente diante do aumento de casos envolvendo pesquisadores estrangeiros e possíveis violações das regras de biossegurança.

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