PF tenta e não consegue intimar Eduardo Bolsonaro

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Documento da Polícia Federal (PF) anexado ao inquérito contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que atualmente se encontra nos Estados Unidos, mostra que a corporação tentou, mas não conseguiu intimar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ouvido na investigação.

No ofício, a PF afirma que no dia 28/5, dois dias após Moraes abrir o inquérito, encaminhou uma mensagem eletrônica para o endereço de e-mail “[email protected]” e, em 30/5, para o “[email protected]”, ambos pertencentes a Eduardo Bolsonaro.

A finalidade, segundo a PF, era “solicitar informações referentes a determinação contida no INQ
4995”, numeração dada à investigação contra o filho do ex-presidente.

As mensagens, segundo a corporação, foram devidamente recebidas, tendo em vista os comprovantes automáticos gerados pelo sistema de e-mail. No entanto, “até a presente data [2/6], não houve qualquer retorno, manifestação ou resposta por parte do destinatário”.

Ainda, a PF narra que também tentou entrar em contato com o deputado por meio de contatos telefônicos divulgados na página da Câmara dos Deputados, mas a tentativa foi “igualmente sem êxito”.

“O telefone fixo associado informa que o número está indisponível, não havendo opção de correio de voz. No caso do aplicativo de mensagens, não há confirmação de recebimento da mensagem enviada”, afirmou a PF.

Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro

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O inquérito contra Eduardo Bolsonaro foi instaurado por Moraes para apurar sua atuação junto ao governo do republicano Donald Trump em busca de punições para autoridades brasileiras.

Na decisão, ele determinou que tanto Eduardo quanto o próprio Jair Bolsonaro fossem ouvidos pela Polícia Federal, uma vez que o ex-presidente estaria ajudando financeiramente a manter o filho nos EUA.

Já que Eduardo não está no Brasil, foi admitido que ele prestasse esclarecimentos por escrito.

O depoimento de Bolsonaro foi na quinta-feira (5/6), quando o ex-presidente disse à PF que enviou cerca de R$ 2 milhões ao filho, e disse que o montante tem origem nos R$ 17 milhões arrecadados pelo ex-presidente em campanha realizada no ano de 2023 para pagar multas recebidas na época da pandemia.

O ex-presidente também tentou esvaziar a tese de que seu filho estaria atuando para que os Estados Unidos imponham sanções a autoridades brasileiras. Para ele, “os Estados Unidos não aplicaria sanções por lobby de terceiros”.

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