Argentina registra ao menos 15 mortes por frio recorde devido a onda polar

Meteorologistas emitiram alertas de frio extremo para quase todo o país, poucos dias após o início do inverno no hemisfério sul, com temperaturas mínimas históricas

Pelo menos 15 moradores de rua morreram de frio na Argentina, em decorrência de uma onda polar que chegou no início do inverno no hemisfério sul. A onda mantém grande parte do território argentino em alerta desde quarta-feira (2 de julho), com temperaturas mínimas recordes.

O número de mortos, que não foi confirmado pelas autoridades, corresponde a uma contagem realizada pela ONG Proyecto 7, que atua no atendimento a moradores de rua em todo o país.

Entre as vítimas está um homem de 67 anos, da cidade costeira de Mar del Plata, a 400 km ao sul de Buenos Aires, que foi encontrado morto na entrada de uma garagem onde costumava receber ajuda de vizinhos.

Reprodução/X

Na terça-feira (1º de julho), outro homem foi encontrado morto no Paraná, a 500 km a nordeste de Buenos Aires, após passar a noite em um banco de parque. Além disso, o corpo de um bebê foi encontrado em um lixão em Catamarca (1.100 km a noroeste), provavelmente morto por hipotermia.

Temperaturas mínimas e alertas de frio

O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) informou que a temperatura mínima na cidade de Buenos Aires na quarta-feira foi de -1,9°C, o menor recorde desde 1991.

Nos arredores da capital argentina, temperaturas de até -7,4°C foram registradas em El Palomar, a segunda temperatura mais baixa desde 1935, depois do recorde de -8°C em 1967, informou o SMN.

A onda de frio se instalou na Argentina, e o frio extremo que se espalha por quase todo o país gerou alertas vermelho, laranja e amarelo emitidos pelo SMN, informou o jornal local Clarín.

A onda de frio, em meio ao inverno do hemisfério sul, intensificou-se nos últimos três dias, quando a demanda incomum por eletricidade causou o colapso do serviço em algumas áreas de Buenos Aires, onde milhares de usuários sofreram cortes de energia, em alguns locais com duração de mais de 24 horas.

Em todo o país, a cidade mais fria da Argentina na quarta-feira foi Maquinchao, uma cidade de 3 mil habitantes na província de Río Negro, a 1,4 mil km a sudoeste de Buenos Aires, onde os termômetros chegaram a -12°C. Na terça, caíram para -18°C.

Na província de Buenos Aires, na cidade costeira de Miramar, a 450 km ao sul da capital argentina, nevou na noite de domingo, algo que não acontecia há 34 anos.


Fonte: Metrópoles

Redigido por ContilNet.

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