Casos de violência doméstica ultrapassam 2,4 mil no Acre entre janeiro e maio

A violência doméstica segue em escalada preocupante no estado do Acre, janeiro e maio foram registradas 2.437 ocorrência

A violência doméstica segue em escalada preocupante no estado do Acre. Apenas entre janeiro e maio de 2025, foram registradas 2.437 ocorrências, entre casos consumados e tentativas, conforme dados do painel de monitoramento do Ministério Público do Acre (MPAC). O levantamento utiliza informações do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) e da Polícia Civil do estado.

A capital Rio Branco concentra mais da metade das ocorrências, com 51,70% dos registros, enquanto Cruzeiro do Sul aparece em segundo lugar, com 9,07%. Em contrapartida, Santa Rosa do Purus teve o menor índice do estado, respondendo por apenas 0,37% dos casos no período.

Os casos de violência doméstica cresceram no estado/ Foto: Marcos Santos/USP/ Reprodução

Na análise mensal, os dados revelam uma tendência de crescimento constante. Foram 441 registros em janeiro, 464 em fevereiro, 485 em março, 509 em abril e 538 em maio  um aumento médio de aproximadamente 20% ao longo dos cinco meses. Em comparação com o mesmo intervalo de 2024, que contabilizou 2.371 ocorrências, o crescimento registrado em 2025 representa um aumento absoluto de 66 casos, reforçando o alerta sobre o agravamento da violência contra mulheres e familiares no estado.

A violência doméstica segue em escalada preocupante no estado do Acre. /Foto: Dados por município NAT/MPAC/ Reprodução

A série histórica do MPAC também evidencia o avanço contínuo do problema: em 2021, o Acre contabilizou 3.730 casos de violência doméstica. Já em 2022, o número saltou para 5.348. Em 2023, foram 5.564 registros, e em 2024, o número chegou a 5.752. A persistência desse crescimento ao longo dos anos levanta preocupações sobre a eficácia das políticas públicas de prevenção e enfrentamento à violência doméstica.

Diante do cenário, especialistas e instituições de defesa dos direitos das mulheres alertam para a urgência de ações integradas entre o poder público e a sociedade civil para conter o avanço da violência e garantir maior proteção às vítimas.

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