Danúbia Rangel, ex de Nem da Rocinha, é presa após parto em maternidade no Rio de Janeiro

A operação que resultou na prisão de Danúbia foi planejada com base em informações precisas sobre sua gravidez

Danúbia de Souza Rangel, ex-mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, foi presa no sábado, 5 de julho de 2025, momentos após dar à luz uma menina em uma maternidade na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A operação, conduzida por agentes da 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo), cumpriu um mandado de prisão emitido em 10 de junho pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, devido a uma condenação por tráfico de drogas. Foragida há cerca de um mês, Danúbia, de 41 anos, permanecia sob custódia no hospital até receber alta médica, quando será transferida para a Cadeia Pública de Benfica. A prisão reacende debates sobre seu passado ligado ao crime e sua recente tentativa de recomeço como influenciadora digital.

A ação policial foi resultado de um trabalho de inteligência que monitorava a gravidez de Danúbia, sabendo que ela precisaria de atendimento hospitalar para o parto. A captura ocorreu sem resistência, mas a detenção em um momento tão delicado, logo após o nascimento de sua filha, gerou repercussão nas redes sociais. A trajetória de Danúbia, marcada por condenações, períodos de liberdade e uma reinvenção pública, reflete a complexidade de sua vida entre o crime e a busca por uma nova imagem.

Danúbia de Souza Rangel, ex-mulher do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, foi presa no sábado, 5 de julho de 2025, momentos após dar à luz uma menina em uma maternidade na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A operação, conduzida por agentes da 72ª Delegacia de Polícia (São Gonçalo), cumpriu um mandado de prisão emitido em 10 de junho pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, devido a uma condenação por tráfico de drogas. Foragida há cerca de um mês, Danúbia, de 41 anos, permanecia sob custódia no hospital até receber alta médica, quando será transferida para a Cadeia Pública de Benfica. A prisão reacende debates sobre seu passado ligado ao crime e sua recente tentativa de recomeço como influenciadora digital.

A ação policial foi resultado de um trabalho de inteligência que monitorava a gravidez de Danúbia, sabendo que ela precisaria de atendimento hospitalar para o parto. A captura ocorreu sem resistência, mas a detenção em um momento tão delicado, logo após o nascimento de sua filha, gerou repercussão nas redes sociais. A trajetória de Danúbia, marcada por condenações, períodos de liberdade e uma reinvenção pública, reflete a complexidade de sua vida entre o crime e a busca por uma nova imagem.

Danubia traficante
Danubia e traficante
  • Cronologia recente: Danúbia foi solta em janeiro de 2024 após cumprir pena por associação ao tráfico e corrupção ativa.
  • Nova condenação: Em junho de 2025, um mandado de prisão foi emitido por tráfico de drogas, com pena de 9 anos e 4 meses.
  • Vida pública: Desde a soltura, ela compartilhava sua rotina como influenciadora, com mais de 80 mil seguidores no Instagram.

A história de Danúbia Rangel, conhecida como “Xerifa da Rocinha” por seu antigo relacionamento com Nem, preso desde 2011, continua a atrair atenção, especialmente por sua capacidade de se reinventar mesmo sob o peso de acusações criminais.

Contexto da prisão

A operação que resultou na prisão de Danúbia foi planejada com base em informações precisas sobre sua gravidez. Agentes da 72ª DP, liderados pelo delegado Fábio Souza, acompanharam possíveis locais onde ela poderia buscar atendimento médico. A escolha da Maternidade Perinatal, na Barra da Tijuca, foi confirmada após investigações minuciosas, garantindo que a abordagem ocorresse de forma discreta. A polícia destacou que Danúbia não ofereceu resistência, mas sua condição de pós-parto exigiu que permanecesse sob vigilância no hospital.

O mandado de prisão cumprido contra Danúbia está relacionado a uma condenação por tráfico de drogas, com pena de 9 anos e 4 meses em regime fechado. A sentença, transitada em julgado, não permite recurso, consolidando sua situação como foragida desde junho de 2025. A detenção marca o fim de um período de liberdade que começou em janeiro de 2024, quando ela deixou o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, após cumprir pena por outros crimes.

A prisão em um momento tão sensível, logo após o parto, levanta questões sobre os procedimentos policiais em casos envolvendo mulheres em condições de vulnerabilidade. Embora a operação tenha sido elogiada pela eficiência, a abordagem em um hospital gerou críticas de alguns setores, que apontam a necessidade de maior sensibilidade em situações semelhantes.

Histórico criminal de Danúbia

Danúbia Rangel tem uma longa trajetória ligada ao crime, embora sempre tenha negado envolvimento direto com o tráfico. Sua relação com Nem da Rocinha, um dos líderes da facção Amigos dos Amigos (ADA), colocou-a no centro das investigações policiais desde o início dos anos 2000. Presa pela primeira vez em 2014, ela foi acusada de atuar como intermediária, transmitindo ordens de Nem, que, mesmo preso, continuava a influenciar o tráfico na Rocinha.

  • Primeira prisão (2014): Acusada de associação ao tráfico, foi detida com celulares e tablets que supostamente serviam para comunicação com traficantes.
  • Condenação em 2016: Sentenciada a 28 anos por tráfico, associação ao tráfico e corrupção ativa, pena reduzida posteriormente para 8 anos.
  • Nova detenção (2017): Capturada na Ilha do Governador, após ser expulsa da Rocinha por Rogério 157, rival de Nem.
  • Punição na prisão (2022): Regrediu ao regime fechado após postar selfies em uma cela, violando regras penitenciárias.
  • Soltura em 2024: Deixou a prisão após cumprir pena, mas voltou a ser alvo de um mandado em 2025.

Apesar das condenações, Danúbia sempre afirmou ser vítima de associações indevidas por causa de seu casamento com Nem. Em entrevista à Record TV em 2024, ela declarou: “Nunca peguei em uma arma, nunca trouxe recados do presídio. Fui julgada por ser mulher dele”. Essa narrativa de inocência, no entanto, contrasta com as investigações que a apontam como figura ativa no comando do tráfico durante a ausência de Nem.

Reinvenção como influenciadora

Após deixar a prisão em janeiro de 2024, Danúbia investiu em uma nova imagem pública. Com mais de 80 mil seguidores no Instagram, ela compartilhava sua rotina, que incluía tratamentos estéticos, viagens e momentos com seu novo companheiro, o rapper MC HCalvin. Entre os procedimentos divulgados estavam harmonização facial, tratamentos odontológicos e cuidados capilares, que atraíam parcerias comerciais com clínicas e marcas.

Sua presença nas redes sociais era marcada por um tom de superação. Em postagens, Danúbia exibia passeios de lancha, viagens a Maragogi (Alagoas) e idas a eventos como o Rock in Rio. Essa transformação, no entanto, não a livrou do passado. A visibilidade como influenciadora pode ter facilitado o monitoramento policial, que culminou em sua prisão no hospital.

A dualidade entre sua vida pública e o histórico criminal gerou debates. Para alguns, Danúbia representava uma tentativa genuína de recomeço; para outros, sua exposição era uma forma de manter influência, mesmo que indireta, no contexto da Rocinha. A prisão, nesse sentido, interrompe abruptamente essa fase de reinvenção, colocando-a novamente no centro do sistema penitenciário.

Repercussão e debates

A prisão de Danúbia gerou reações variadas. Nas redes sociais, internautas expressaram surpresa e indignação com a abordagem policial em um momento tão delicado. Comentários destacavam a falta de sensibilidade em deter uma mulher recém-parida, enquanto outros defendiam a ação, argumentando que a justiça não pode esperar. A hashtag #DanúbiaRangel chegou a figurar entre os assuntos mais comentados no X no dia 6 de julho de 2025.

Organizações de direitos humanos também se manifestaram, cobrando esclarecimentos sobre os protocolos adotados na operação. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que acompanha o caso, especialmente em relação à possibilidade de prisão domiciliar, considerando a condição de pós-parto de Danúbia. Seu advogado, Wellington Corrêa da Costa, já anunciou que pedirá a conversão da pena para o regime domiciliar, citando a saúde da cliente e a necessidade de cuidados com a recém-nascida.

A operação também reacendeu discussões sobre o papel de mulheres no crime organizado. Embora muitas sejam associadas a traficantes por laços afetivos, investigações apontam que algumas, como Danúbia, assumem posições de liderança. Esse fenômeno desafia estereótipos e exige abordagens mais complexas por parte das autoridades.

O que acontece agora

Com a prisão, Danúbia deve permanecer na maternidade até receber alta médica, prevista para os próximos dias. Após isso, será transferida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde aguardará audiência de custódia. A pena de 9 anos e 4 meses, em regime fechado, indica que ela enfrentará um longo período de reclusão, a menos que consiga benefícios judiciais.

  • Audiência de custódia: Avaliará a legalidade da prisão e possíveis pedidos de prisão domiciliar.
  • Situação da filha: A guarda da recém-nascida ainda não foi definida, mas parentes de Danúbia já se mobilizam para assumi-la.
  • Impacto na Rocinha: A prisão não deve alterar diretamente a dinâmica do tráfico, mas reforça a vigilância sobre a facção ADA.
  • Defesa jurídica: O advogado de Danúbia planeja recorrer, alegando que a condenação de 2025 é desproporcional.

O caso de Danúbia Rangel segue como um dos mais emblemáticos do Rio de Janeiro, unindo crime, mídia e transformações pessoais. Sua prisão, em um momento tão marcante como o nascimento de uma filha, reforça a complexidade de sua trajetória e mantém seu nome no centro das atenções.

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