O ex-senador Jorge Viana falou, pela primeira vez, sobre sua relação com o militante Cesário Braga após a retirada da candidatura dele à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) durante o Processo de Eleição Direta (PED), realizado neste domingo (6), em Rio Branco.
Segundo Viana, não houve ruptura, mas sim uma reorganização estratégica dentro do partido.
“Cesário estava ajudando a reorganizar o partido que estava andando, mas já está construída a ideia de uma candidatura dele para deputado estadual, o que eu considero muito importante”, destacou.
Jorge Viana usou uma metáfora esportiva para justificar a indicação de André Kamai para comandar o PT no Acre, sem desmerecer o papel de Cesário no processo.
“Do jeito que o partido está hoje, do jeito que está a sociedade, nós precisamos ter, como num jogo de futebol para disputar o Mundial, os melhores em cada posição”, comparou.
Ele ressaltou que a definição da presidência estadual levou em consideração o tempo e a disposição necessários para conduzir o partido em um momento de reconstrução.
“É preciso ter alguém com tempo e disposição para dirigir o partido, e o Kamai tem isso. Ele vai conseguir conversar com todos, organizar o partido e ajudar a montar uma boa chapa estadual e federal”, afirmou.
Viana também comentou sobre seu próprio futuro político e confirmou que está sendo pressionado a entrar novamente na disputa pelo Senado Federal em 2026.
“Estou sendo chamado para disputar uma vaga majoritária ao Senado, para enfrentar esse modelo de emendas secretas e essa derrama de dinheiro público que ninguém sabe para onde vai”, disparou, em tom crítico ao atual sistema de distribuição de recursos.