A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, compareceu por sete horas nesta quarta-feira (2 de julho) a uma audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Ao sair, ela conversou com jornalistas sobre o clima da reunião, marcado por tensões e ataques.
“Isso não foi a primeira vez que aconteceu nessa comissão e eu não sou a única. O ministro Fernando Haddad já foi desrespeitado, a ministra Sônia Guajajara, a ministra Nísia Trindade. Todos nós que não defendemos a agenda autoritária, negacionista, que não reconhece a mudança do clima somos desrespeitados”, defendeu Marina Silva.
A ministra continuou, afirmando que o desrespeito é a única coisa que pessoas que não conhecem o respeito são capazes de oferecer. “Eu, graças a Deus, participei do debate, trazendo as informações e contribuindo para que a gente possa ajudar, inclusive, aqueles que estão querendo dar um tiro no pé”, acrescentou.

Coluna Guilherme Amado/Metrópoles
Acusações de machismo e novos ataques
Durante a audiência, Marina Silva passou horas respondendo a perguntas em tom duro e foi alvo de ataques, que ela classificou como machismo. O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) afirmou que a ministra tem “comportamento de adestrada” pela esquerda e é “mal-educada”. Já o deputado Zé Trovão (PL-SC) disse que Marina Silva seria “uma vergonha como ministra”.
A ministra revelou que fez “uma longa oração” pela manhã antes de comparecer à comissão. “Pedi a Deus para me dar calma, porque eu sabia que depois do que aconteceu no Senado, as pessoas iam achar muito normal fazer o que está acontecendo, aqui em um nível piorado, mas acho que Deus me ouviu, porque eu estou em paz”, finalizou Marina Silva.
Fonte: Metrópoles
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