A abertura do primeiro alistamento militar voluntário para mulheres nas Forças Armadas brasileiras gerou grande repercussão em todo o país, e o Acre não ficou de fora. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (02) pelo Ministério da Defesa, 123 jovens acreanas se inscreveram no processo seletivo, número considerado expressivo diante da população do estado.

A abertura do primeiro alistamento militar voluntário para mulheres nas Forças Armadas brasileiras./ Foto: Reprodução
Embora o Acre tenha registrado uma das menores quantidades de inscrições à frente apenas do Tocantins (87) e do Amapá (144) o volume demonstra o crescente interesse das mulheres da região em seguir carreira militar. Em todo o Brasil, foram contabilizadas 33.721 candidaturas femininas para apenas 1.465 vagas disponíveis com ingresso previsto para o ano de 2026, o que representa uma procura 23 vezes maior do que a oferta.
As oportunidades estão distribuídas entre as três forças: Exército (1.010 vagas), Aeronáutica (300) e Marinha (155). As aprovadas deverão ser incorporadas entre março e agosto de 2026 em Brasília e outras 28 cidades espalhadas por 13 estados do país. O processo seletivo inclui etapas de seleção geral e complementar, além de designação e incorporação.
A iniciativa marca um novo capítulo na trajetória feminina dentro das Forças Armadas, que até então permitiam o ingresso de mulheres apenas por meio de concursos para oficiais e suboficiais. Atualmente, o efetivo militar brasileiro conta com cerca de 37 mil mulheres, o que representa apenas 10% do total de militares.
Para garantir uma estrutura adequada à presença feminina, o Ministério da Defesa anunciou no início deste ano um investimento de R$ 2 milhões. O montante será utilizado na adaptação de quartéis, com melhorias em alojamentos e banheiros, implantação de sistemas de segurança como câmeras e reconhecimento facial, além da implementação de políticas de prevenção contra assédio e abusos.
Com a alta procura registrada neste primeiro alistamento, especialistas consideram que o movimento pode representar uma virada histórica na inclusão e valorização da presença feminina nas fileiras militares do Brasil.
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