O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC), desembargador Júnior Alberto, foi um dos entrevistados da transmissão especial do ContilNet durante a ExpoAcre Juruá 2025, nesta quinta-feira (3).
Na conversa, o magistrado comentou sobre o debate em torno da proposta de retorno do voto impresso nas eleições brasileiras, defendida por alguns grupos políticos. Para Júnior Alberto, essa pauta representa um “retrocesso” e ignora a confiança que, segundo ele, a maioria da população brasileira deposita nas urnas eletrônicas.

Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE/AC), desembargador Júnior Alberto/Foto: ContilNet
O desembargador relembrou que, nas eleições de 2024, a capital Rio Branco conheceu o novo prefeito em menos de duas horas após o encerramento da votação, resultado da eficiência do sistema eletrônico.
“Temos total credibilidade nas urnas eletrônicas. Elas não são conectadas a nenhuma rede, seja Wi-Fi, cabo ou bluetooth. Funcionam como uma grande calculadora, contabilizando os votos e, ao final da eleição, emitem os boletins de urna, que ficam disponíveis para os partidos políticos e são afixados na porta das sessões eleitorais”, explicou.
Júnior Alberto destacou ainda que, além de atrasar a apuração dos votos, o retorno do voto impresso poderia abrir espaço para o chamado “voto de cabresto” — prática comum na República Velha (1889-1930), quando eleitores eram coagidos ou forçados a votar em candidatos indicados por líderes políticos, sob ameaças ou troca de favores.
“Com o voto impresso entregue ao eleitor, ele pode apresentar esse comprovante como prova de que votou em determinado candidato. Isso fere diretamente o sigilo do voto”, alertou.
O presidente do TRE/AC também mencionou pesquisas que indicam a alta confiança da população no processo eleitoral conduzido pelas urnas eletrônicas no Brasil.
Assista à entrevista na íntegra:
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