Com o Rio Acre próximo de atingir a cota de transbordamento na capital, a Defesa Civil de Rio Branco começou a limpeza de toda a área do Parque de Exposições para iniciar a construção dos abrigos provisórios para as famílias desabrigadas.
“Mesmo sem construir abrigos, nós temos condições de abrigar algumas pessoas já no Parque com a estrutura que temos”, disse o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil.
A limpeza fica por conta da Secretaria de Cuidados da Cidade, chefiada pelo secretário Joabe Lira. Já a construção das estruturas dos abrigos provisórios, é de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura, comandada pelo secretário Cid Ferreira.
O secretário de Governo, Alysson Bestene, já havia anunciado que o governo do Estado iria ceder o Parque de Exposições para que a Prefeitura de Rio Branco construísse os abrigos.
“A Prefeitura já começa a trabalhar um abrigo olhando para o Parque de Exposições em parceria com o governo do Estado. Provavelmente nas próximas horas todo e qualquer movimento vai ser voltas às famílias alojadas no Parque”, disse Alysson.
Ao todo, 38 famílias estão desabrigadas em Rio Branco. Porém, a Defesa Civil espera que esse número aumente nas próximas horas.
Além disso, a Prefeitura tem cinco escolas em Rio Branco já recebendo moradores desalojados. Boa parte estão em locais estratégicos, próximos aos bairros atingidos pelas enxurradas e enchentes dos igarapés. São elas:
- Escola Alcimar Nunes Leitão, bairro Universitário;
- Escola Álvaro Vieira da Rocha, bairro Conquista;
- Escola Anice Dib Jatene, bairro Geraldo Fleming;
- Escola Ilka Maria de Lima, bairro Mocinha Magalhães;
- Escola João Paulo 2, bairro Sobral.
Situação do rio atualmente:
O Rio Acre atingiu a marca dos 13,85m às 15h desta sexta-feira (23), de acordo com medição feita pela Defesa Civil de Rio Branco.
O afluente aumentou 18 cm em três horas, já que na medição do meio dia havia registrado 13,67. A cota de transbordamento é de 14 metros.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, em Rio Branco, pelo menos 720 famílias em áreas de risco estão sendo monitoradas. Dessas, 600 são famílias que moram em áreas de risco que envolvem risco de inundação pela cheia do Rio Acre.