O coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, concedeu entrevista à reportagem do ContilNet nesta quinta-feira (29), no Parque de Exposições, onde mais de mil famílias estão abrigadas por conta da cheia do Rio Acre.
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O Rio Acre se aproxima dos 17 metros em Rio Branco/Foto: Juan Diaz/ContilNet
Sobre o cenário que mostra redução do nível do Rio em Brasiléia, mas crescimento na capital acreana, Falcão destacou que Rio Branco ainda sofrerá graves consequências nos próximos dias.
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Rio Acre nesta quinta-feira (29)/Foto: Juan Diaz/ContilNet
“A situação se agrava cada vez mais. O rio baixou em Brasiléia e é uma boa notícia, mas as consequências virão pra cá ainda mais forte. A partir do momento que essa água desce toda, acaba chegando aqui”, pontuou.
Para o coordenador da Defesa Civil, a situação do Riozinho do Rola é um dado que preocupa o órgão. “Um outro fator que está agravando mais aqui é a situação do Riozinho do Rola. Mesmo em vazante lá em Brasiléia, Xapuri está aumentando, Capixaba aumentando. Mas quando os dois começarem a dar vazante, e essas águas chegarem aqui, continuaremos numa situação de agravamento se o riozinho do Rola também não retrair”, destacou.
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Centenas de famílias já foram atingidas pelas águas em Rio Branco/Foto: Juan Diaz/ContilNet
“Temos mais chuva e lá onde está apresentando vazante pode voltar a aumentar. Temos também a situação dos igarapés que, com a chuva, podem voltar a subir. Nesse momento, o cenário é de agravamento e crítico, mas estamos trabalhando muito para não deixar nossas famílias desassistidas”, continuou.
Ao todo, na capital, 557 famílias estão em abrigos, num total de 2.137 pessoas. “Esse número aumenta a todo o momento”, disse Falcão. A quantidade de pessoas desalojadas chega em torno de 10 mil.
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Coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão/Foto: Juan Diaz/ContilNet
Pelo menos 60 mil pessoas já foram afetadas. “Estamos muito próximo de 17 metros. Podemos alcançar 17 metros e meio. A previsão é de que a partir de domingo, caso não tenhamos chuvas muito fortes, o Rio comece a estabilizar. Mas ele pode crescer mais. O cenário que se apresenta agora é tão grave quanto o de 2015”, finalizou.