Um homem de 36 anos foi preso na quarta-feira (21/2) acusado de estuprar as cunhadas, em Santos (SP), entre 2014 e dezembro de 2020, quando ambas as meninas ainda eram menores de idade. Segundo o juiz Bruno Nascimento Troccoli, da 1ª Vara Criminal de Santos, ele teria cometido o crime ao menos 100 vezes contra a cunhada mais jovem, hoje com 14 anos, e ao menos quatro vezes contra a mais velha, hoje com 19 anos.
Somadas, as penas em regime fechado chegam a 41 anos e três meses. A defesa do homem recorreu e alegar inocência.
A denúncia foi feita depois que a menina mais velha, após seis anos de abuso, postou nas redes sociais que tinha sofrido violência sexual aos 10 anos. Com isso, as jovens foram abordadas pela mãe e contaram sobre os abusos.
Então, foi aberto um boletim de ocorrência na a Delegacia de Defesa da Mulher de Santos e, em seguida, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu a denúncia.
De acordo com o G1, o homem é casado com uma irmã das vítimas e os crimes foram praticados, em sua maioria, na casa em que ele morava. A identidade do sentenciado não será revelada a fim de preservar as vítimas.
Durante seis anos, o condenado inseriu o dedo na parte íntima da menina mais nova e chegou a tirar o órgão genital para fora, sentando-a no colo dele. O homem ainda praticou outros atos compatíveis com o estupro de vulnerável.
“Verificou-se que, quase todas as vezes, [nome da vítima] sentia dor, tirava a mão de [nome do condenado], mas ele insistia, impunha medo e ela não tinha coragem de contar os fatos para ninguém, porque ainda era criança e estava com receio de ser encaminhada para o abrigo”, pontuou o Ministério Público.
Ainda de acordo com o órgão, o homem também obrigou a menina mais velha a beijá-lo no corredor da casa dele mais de uma vez. E ainda antes de ela completar 10 anos, perto do casamento dele com a irmã da vítima, o condenado aproveitou de um momento em que estavam sozinhos e colocou a mão na parte íntima da menina.
O que diz a defesa do condenado
Ao G1, o advogado de defesa confirmou que o homem está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória Pinheiros 1, na capital paulista, desde 5 de outubro de 2022. Para a defesa, a condenação é “injusta” e “desproporcional”.