Erosão em cabeceira de ponte na BR-364 pode deixar cidades do Juruá isoladas

Desbarrancamento já virou até caso judicial, mas Dnit não apresentou, ainda, solução definitiva para o problema

O município de Tarauacá, localizado a 350 quilômetros da capital Rio Branco, no interior do Acre, está sob risco de mais uma vez ficar isolado por via terrestre porque uma das cabeceiras da ponte sobre o rio local abriu um enorme buraco, fenômeno conhecido como como voçoroca e que ocorre sempre após às inundações na região amazônica. É a segunda vez que isso ocorre, obrigando a interdição da segunda pista da BR-364, que dá acesso à ponte.

Nesta quinta-feira (7), a promotoria de justiça cível do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Tarauacá acionou o Ministério Público Federal (MPF) pedindo providências em relação à necessidade de reparos imediatos e definitivos na ponte do Rio Tarauacá. Em função de estragos causados por enchente anterior no mesmo local e não reparados, há uma Ação Civil Pública do MPF contra a União e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) pedidos a fim de evitar o possível isolamento do município via terrestre.

O local oferece riscos aos condutores/Foto: ContilNet

Na Ação Civil Pública, impetrada pelo MPF em setembro de 2022, a Justiça Federal determinou à União e ao Dnit à apresentação em 30 dias, cronograma detalhado das etapas necessárias para recuperação e manutenção de trechos da BR-364, no Estado do Acre, incluindo os estragos na cabeceira da ponte.

Mas, enquanto decisões judiciais não são cumpridas totalmente, a ação da natureza é mais forte e, nas últimas horas, uma nova erosão está aparecendo na segunda cabeceira cabeceira da ponte. O trafego de veículos no local, que era feito em uma única pista, poderá ser prejudicado também e o acesso ao município de Tarauacá e ao restante do Vale do Juruá ficar totaltamente inviabilizado.

A outra pista foi interditada em 2014, após uma grande erosão ter comprometido a estrutura por onde passam os veículos e pessoas.

O diretor-presidente do Dnit no Acre, engenheiro Rcardo Agusto, informou que uma empresa já foi contratada pelo DNIT para construir uma extensão de 70 metros e resolver o problema. Nesse verão de 2024, as obras devem ser iniciadas.

Segundo ele, uma equipe do Dnit será enviada à localidade ainda nesta quinta-feira para sinalizar a área e tomar outras medidas necessárias.

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