Os empresários do Acre têm demonstrado mais confiança, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgado nesta segunda-feira, 8, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com o estudo, os números chegaram a 118.4 pontos, sendo os maiores desde novembro de 2023.
Ainda segundo a pesquisa, quanto às condições atuais do empresário do comércio, o indicador superou o registrado no mês de fevereiro em 0,7 pontos; contudo ainda abaixo do nível considerado bom.
Além disso, o estudo aponta ainda que, localmente, há uma melhora considerável no que se refere à situação econômica do negócio, porém, aquém do limite de 100 pontos, considerado bom.
Para o assessor da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), Egídio Garó, no que se refere ao índice de expectativas, os empresários acreanos, apesar de otimistas e com perspectivas de investimento a médio e longo prazos, se mantêm estáveis.
“Principalmente, após uma elevação no indicador observada em setembro do ano passado; o mesmo pode ser observado com relação aos investimentos planejados: houve uma diminuição na intenção que vem ocorrendo desde o ano passado, ficando 9.4 pontos abaixo da intenção de investir observada em dezembro de 2023”, reiterou.
Além disso, o mesmo pode ser também verificado quanto aos investimentos planejados. “Neste sentido, pode ser observado que, com relação aos investimentos planejados, houve uma diminuição na intenção que vem ocorrendo desde o ano passado, ficando 9.4 pontos abaixo da intenção de investir observada em dezembro de 2023. Tais condições estão associadas ao endividamento das famílias brasileiras medido em março deste ano, o que não permite a elaboração de estratégias de expansão da atividade comercial, inclusive com a contratação de novos trabalhadores”, explicou.
Garó finalizou explicando que, apesar das condições de crédito estarem melhores com a redução da Selic, o Icec continua com tendência de alta em março pelo terceiro mês consecutivo. “Impulsionado principalmente pela análise das condições atuais e das expectativas. Com menor acesso ao crédito e aumento da inadimplência, os investimentos representam um desafio para os varejistas”.
Números nacionais
De acordo com a CNC, os empresários do País estão mais otimistas. Egídio Garó explicou que o Icec é construído a partir de nove questões.As três primeiras compõem o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), e comparam a situação econômica do País, do setor de atuação e da própria empresa em relação ao mesmo período do ano anterior; as três perguntas seguintes avaliam os mesmos aspectos, mas em relação ao futuro no curto prazo, e formam o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC).
As últimas três perguntas compõem o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) e abordam questões mais específicas: (i) Expectativa de contratação de funcionários para os próximos meses, (ii) Nível de investimentos em relação ao mesmo período do ano anterior, e (iii) Nível atual dos estoques diante da programação de vendas. Ajuste sazonal: sujeitas ao comportamento sazonal do nível de atividade do comércio e da atividade econômica em geral, as séries são dessazonalizadas, o que permite a comparação mensal (mês sobre o mês imediatamente anterior) dos componentes do Icec.”, afirma a Divisão Econômica da CNC.
“Em março, atingiu 109.2 pontos, mantendo-se em alta desse março de 2023, inclusive para o comércio de bens semiduráveis, não duráveis e duráveis; contudo, os aspectos analisados no Índice de condições atuais do empresário do comercio, os indicadores ainda registram desconfiança, especificamente no que se relaciona ao momento econômico causado pela instabilidade gerada no setor”, finalizou o assessor.
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