O advogado Gabriel Tomasete, com mais de 20 anos de experiência no ramo do Direito do Consumidor, alerta a população de Rondônia que o anúncio de novos voos anunciados pela Azul é “pegadinha”.
A empresa promete atender somente a partir de outubro e, até lá, pode ser que dimuna os voos novamente, como já vem fazendo no estado.
“O anúncio de aumento de voos pela Azul foi feito dias antes no Acre, aí Porto Velho foi atendida na ‘rebarba’, já que quem está empenhado é a bancada federal de lá, unida em benefício da população acreana”, explicou Tomasete.
O advogado explicou as “pegadinhas” ao site Rondoniaovivo:
“Você pega um voo em Porto Velho para ir a Rio Branco e depois Belo Horizonte, o que dá mais ou menos 3.300 quilômetros. A pessoa vai pagar no trecho, mais ou menos 3.300 reais ida e volta se for comprar ainda esse mês. Quando chegar em BH, já que são raros os rondonienses que tem como trajeto final a capital mineira, a maioria vai para Brasília, Manaus ou São Paulo”, comenta ele.
E completa: “Depois desse trajeto, você paga mais R$ 1.400 de BH a Brasília. Ou seja, no final, você gasta 4.400 reais. Uma passagem hoje por outra companhia, ida e volta a Brasília, saindo de Porto Velho, está na faixa de 2 mil reais. Você paga na Azul 2.700 reais a mais pelo novo trecho”.
O advogado alerta que os consumidores locais continuam com poucas opções para viajar, além de pagarem preços abusivos, que continuam “decolando”. Por isso é importante que os consumidores de Rondônia continuem unidos, protestando contra as ações abusivas das companhias aéreas.
“A luta das aéreas contra o estado precisa virar a luta do estado contra as aéreas. Uma solução definitiva deve ser buscada, e não a desinformação, nem a defesa cega e distorcida da Azul. Enquanto isso, seguiremos firmes na luta pela abertura do mercado aéreo, mais voos, transparência e preços justos”, registrou Gabriel Tomasete.
Em sua rede social, o advogado denunciou que existe “muita coisa que não está sendo levada” e que vai realizar uma live na próxima quarta-feira (17), às 19 horas, para falar “sobre o caos aéreo e as inverdades que estão sendo contadas para a população”.