“Não acredito na saúde que o governo diz que temos”, dispara doméstica em ato dos médicos

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A classe, com faixas e cartazes, passou a manhã em um ato de protesto em frente o Huerb, no Bosque/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Começou na manhã desta quarta-feira (16) o início da paralisação promovida pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed) por melhores condições de trabalho nos hospitais. A classe, com faixas e cartazes, passou a manhã em um ato de protesto em frente o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), no Bosque.

Dentre outras bandeiras levantadas pela categoria, destacam-se a convocação de concursados, melhoria na área medica pessoal e material, e a cobrança da reforma do Huerb, que já dura 6 anos.

“Queremos mais leitos nos hospitais, medicamentos, queremos que chamem os concursadas que foram aprovados. Assim vamos ter uma melhoria na qualidade do atendimento. Não esquecendo do nosso interior que necessita de melhores condições de atendimento”, afirma o presidente do sindicato, José Ribamar.

O ato ganhou apoio da população. A empregada doméstica Maria Francina foi uma das que estavam apoiando a categoria e fez questão de ir para as ruas pedir melhorias. “Todos nós precisamos de médicos e não estamos tendo, em lugar nenhum. Chegamos às UPAs, nos Prontos Socorros, no Hospital das Clínicas e nas URAPs e não estamos sendo atendidos. Eu, como cidadã, estou aqui pra protestar. Não acredito na saúde que o governo diz que temos”.

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Médicos lutam pela melhoria salarial e melhores condições de trabalho/Foto: ContilNet

Outra que estava apoiando o ato era a agricultora Alzira Codeiro. Ela, que enfrenta há 42 dias uma luta com seu irmão, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) por falta de assistência médica, afirma que o governo deve melhorar a assistência ao cidadão.

“Meu irmão teve um AVC por falta de uma tomografia. Fizeram a tomografia depois que ele teve o AVC. Há 8 dias, ele está em uma sala de emergência aguardando o leito para fazer a hemodiálise. Estou vendo a hora acontecer o pior! Ele está muito inchado, quase ‘espocando’. Não posso ver ele. Estou há 42 dias nessa luta”.

A paralisação da categoria deve durar 48 horas.

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