“Tenho que pagar pelo que fiz”, afirmou o homem de 30 anos, preso por estuprar a própria filha, de 8, após ser espancado por vizinhos, em Barueri, na Grande São Paulo, no último dia 25. O nome do preso não será publicado para que a identidade da vítima seja preservada.
Na ocasião, ele foi filmado pela enteada, nu da cintura para baixo, da mesma forma que a criança, ambos deitados em uma cama de casal.
Nas imagens é possível constatar que a mulher desconfiava que seu padrasto abusava da menina. A enteada entrou no quarto já com o celular em punho, registrando o flagrante de abuso.
O ambiente estava com a luz apagada. Ao acendê-la, a mulher presenciou o rapaz fazendo movimentos por baixo do cobertor . Ao retirar a coberta, ela viu pai e filha despidos.
Abalada e chorando, a mulher mandou a criança se vestir. “Papai não pode fazer isso com você. Levanta, neném. Põe a roupa”. O homem colocou a calça, passou perfume e ameaçou a mulher que filmava a situação. “Não filma a minha cara, não. Se filmar, eu te mato”.
Em depoimento à Polícia Civil, o homem afirmou não se lembrar das ameaças, alegando que “estava muito nervoso”.
Agredido por vizinhos
Na sequência, a mulher acionou a Polícia Militar, para quem mostrou a gravação em vídeo feita no quarto. Antes da chegada dos PMs, o abusador foi agredido com chutes e socos pelos vizinhos e ficou ferido no rosto.
“Eles fizeram o certo”, afirmou o homem após o espancamento, ainda em depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Ao ser interrogado na delegacia, o homem “manifestou o interesse em falar e confessou a prática dos atos libidinosos”, segundo boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles. A polícia solicitou a prisão preventiva dele, decretada no dia seguinte ao flagrante pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
“Submetida a escuta especializada por profissional devidamente habilitado para o ato, a vítima confirmou os abusos noticiados, conforme relatório técnico anexado com sigilo a este boletim de ocorrência”, diz o registro policial.
Ele seguia atrás das grades até a publicação desta reportagem. A defesa dele não foi encontrada. O espaço segue aberto para manifestações.