Após recurso da defesa, Justiça mantém condenação de envolvido no assassinato de pecuarista

Com a decisão, Vilmar Vieira, que atualmente mora no interior de Goiás, pode ter a prisão preventiva decretada

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre, por unanimidade, manteve a condenação de Vilmar Vieira de Souza, envolvido no assassinato do pecuarista e ex-presidente do Banco do Estado do Acre (Banacre), Mauro Braga.

Em novembro de 2023, às vésperas de completar 21 anos do crime, Vilmar foi condenado a 19 anos e 3 meses pelo crime e responde o processo em liberdade. Segundo a denúncia, ele foi responsável por contratar o pistoleiro Sardinha, autor direto do crime.

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Fachada do Tribunal de Justiça do Acre/Foto: TJAC

A defesa recorreu da sentença, alegando que a decisão dos jurados foi contrária às provas do processo e pediu um novo júri ou a redução da pena. A relatora do caso, desembargadora Denise Castelo Bonfim, negou.

Segundo o jornal O Seringal, com a decisão, Vilmar Vieira, que atualmente mora no interior de Goiás, pode ter a prisão preventiva decretada.

Braga foi assassinado com um tiro no ouvido em 19 de dezembro de 2002, pelo pistoleiro Dorivaldo Sardinha da Costa, que teria sido contratado pelo acusado Vilmar Vieira de Souza. Além deste acusado, o assassinato de Braga envolveu outras pessoas além do contratante e do pistoleiro.

Em 2005, o Tribunal do Júri Popular condenou, como mandante do crime, o pecuarista Antônio Augusto Rodrigues de Araújo, o “Bodão”, amigo e antigo sócio de Mauro Braga, com quem transacionava no comércio de gado. O fazendeiro foi condenado a 16 anos de prisão como o mandante do assassinato.

O gerente de sua fazenda, Sebastião Bento da Silva e sua namorada Dinara da Silva Lobo, também foram condenados como envolvidos no crime, a 16 e 12 anos de prisão, respectivamente. O pistoleiro Sardinha, que havia dado um tiro certeiro atrás da orelha de Mauro Braga, pegou 16 anos de condenação.

A causa do crime seria uma dívida contraída por “Bodão” junto a Mauro Braga na transação com o gado. A dívida seria de pelo menos três mil cabeças de gado e pecuarista, segundo a denúncia, ao invés de pagar a dívida, decidiu mandar matar o homem do qual era credor.

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