Com o baixo nível do Rio Acre para o período e com o prenúncio de uma seca severa a cada dia mais próxima da capital acreana, pelo menos 29 comunidades rurais já estão sofrendo com o efeito do baixo volume do afluente.
Na última sexta-feira (17) o Rio Acre chegou a menor cota para o período nos últimos 10 anos, na capital acreana, registrando a marca de 2,88 metros de acordo com a medição realizada pela Defesa Civil, desde então o afluente vem oscilando em seu volume.
De acordo com o diretor de administração de desastres da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, as comunidades já estão sendo acompanhadas e já sentindo a falta de água potável.
“Atendemos 29 comunidades rurais e todas que estão sendo visitadas já estão sofrendo com problemas. Todas estão sentindo a ausência de chuva, com poços e represas secando. A tendência é que a situação se agrave ainda mais”, ressaltou.
Além do abastecimento de água potável, a ausência de chuvas durante o período de estiagem acarreta outros prejuízos, como a perda de produção, queimadas, dentre outros, explica Cláudio falcão.
“A curto prazo temos a questão do desabastecimento, já a longo prazo a seca vai trazer a perda de produção, prejuízo na piscicultura, o rio fica intrafegável, e tem a questão da falta de água potável, tanto para o consumo humano, quanto animal”, destaca. O aumento de doenças respiratórias também é um dos pontos que colocam as autoridades em alerta.
A previsão do órgão é que, neste ano, a cidade de Rio Branco Rio Branco passe por uma seca severa igual ou pior que a de 2023, segundo a Defesa Civil. O diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil acredita que em 2024 a capital possa ter um novo recorde negativo.
A menor marca já registrada do Rio Acre na capital acreana é de 1,25m, alcançada em setembro de 2022. A previsão é que até o final de maio o afluente esteja abaixo dos dois metros em Rio Branco.