Presídio Feminino de Rio Branco dá início ao projeto Entrelinhas

Intenção do Iapen é ampliar o projeto, já está sendo discutida uma parceria com o TJ para que seja disponibilizado um acompanhamento psicológico durante o momento de trabalho com o crochê

Na última semana de maio foi dado início ao projeto Entrelinhas no presídio feminino de Rio Branco, onde as reeducandas são ensinadas a fazer crochê. O projeto alcança cinco detentas, com a expectativa de alcançar todas as privadas de liberdade que não recebem visitantes.

Além de ser uma forma de ensinar um artesanato e um ofício para as reeducandas, trabalhando a ressocialização e na remissão de pena, o projeto visa dar um pouco de conforto para as privadas de liberdade que se sentem solitárias.

Reeducanda trabalhando com crochê/Foto: Zayra Amorim/ Iapen

O primeiro material para o projeto foi disponibilizado por meio de recursos provenientes das penas pecuniárias. Mas todo o trabalho que as detentas estão fazendo será vendido em feiras de artesanatos da comunidade. Com o dinheiro arrecadado, os materiais serão recomprados para continuar com as atividades.

A intenção do Iapen é ampliar o projeto aos poucos e já está sendo discutida uma parceria com o Tribunal de Justiça do Acre, por meio da desembargadora Eva Evangelista, para que, no futuro, seja disponibilizado um acompanhamento psicológico, durante o momento em que as reeducandas trabalham com o crochê.

Sousplat de crochê produzido por reeducandas/Foto: Zayra Amorim/Iapen

“Surgiu a possibilidade de ampliar e deixar ele maior. A gente está em parceria com o Tribunal de Justiça, por intermédio da desembargadora Eva Evangelista. Ela nos acionou e disse que vai ajudar a gente, ofereceu um apoio com a psicóloga. Para além do artesanato, a gente vai fazer uma terapia em grupo. Enquanto elas estão crochetando, tem uma psicóloga ali acompanhando, conversando, fazendo aquela interação”, explicou a diretora do presídio feminino, Dalvani Azevedo.

Reeducandas que estão participando do projeto Entrelinhas/Foto: Zayra Amorim/ Iapen

Uma das reeducandas, A. F. M., que já sabia fazer crochê, é responsável por ensinar as outras privadas de liberdade e acredita que o artesanato pode ser uma oportunidade de negócios no futuro: “Eu acho isso maravilhoso, porque eu aprendi muito com o artesanato, e eu aprendo pra quando eu sair, abrir meu próprio negócio. E é bom pra gente se redimir com a sociedade, né? Porque às vezes tem gente da sociedade que não vê a gente como ser humano, mas todo mundo merece ter uma oportunidade”.

 

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