Hospital escondia no depósito equipamentos de UTI neonatal desde 2017

Neste período, quase 50 recém-nascidos tiveram que ser transferidos às pressas para Ariquemes e Porto Velho

Equipamentos novos de unidade de terapia intensiva para crianças, também conhecida como UTI neonatal, estão em um depósito do hospital regional de Cacoal desde 2017 esperando para serem instalados e nenhuma providência foi tomada. Neste período, passaram pelo executivo estadual Confúcio Moura (médico), Daniel Pereira (professor) e o atual governador, Marcos Rocha (coronel da Polícia Militar).

Hospital de Urgência e Emergência de Cacoal. / Foto: Reprodução

Nestes sete anos, quase 50 recém-nascidos tiveram que ser transferidos às pressas para Ariquemes e Porto Velho, a mais de 500 quilômetros de distância. Caso não fossem transferidos, provavelmente não teriam sobrevivido.

Agora, em ação civil pública movida pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), determina a implantação de novos leitos de unidade de terapia intensiva neonatal (UTI neonatal) no Hospital Regional de Cacoal. A decisão visa atender à necessidade da região, que desde 2017 conta com diversos equipamentos de UTI encaixotados e sem uso.

A ação se deu após a constatação da falta de leitos de UTI neonatal e a existência de equipamentos sem uso no Hospital Regional. O promotor Marcos Ranulfo Ferreira argumentou que a ausência desses leitos compromete gravemente a saúde de recém-nascidos e mães daquela região, que precisam ser transferidos para outras cidades, como Ariquemes e Porto Velho.

Os autos do processo demonstram que, por exemplo, 42 recém-nascidos foram transferidos para Ariquemes e Porto Velho entre 2018 e 2019. A decisão determinou a implantação dos leitos no prazo de 120 dias úteis, a partir da publicação da sentença.

A sentença reitera a necessidade de acompanhamento da implementação dos leitos pelo Conselho Regional de Medicina, visando garantir a efetividade do serviço de saúde na região.

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