Doações de sangue mensais salvam vida de menino acreano com doença crônica; entenda

Junho é o mês de incentivo à doação de sangue

Em junho é conscientizado o mês de incentivo à doação de sangue. Em alusão à data, o ContilNet conversa com Shayara Honorato Rocha, de 34 anos, mãe de Caio, de 12 anos, contra a anemia falciforme, uma doença genética que compromete a circulação sanguínea e pode levar a complicações severas, incluindo AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais). 

“A doação é essencial para ele. Se não fosse isso, acho que ele não estaria nem vivo”, diz a mãe de Caio

Já Allan Costa, sempre teve disposição para doar. Tanto que, foi literalmente convidado por uma amiga enfermeira do Hemoacre para doar plaquetas – e ele aceitou. Ao todo, já realizou 18 doações e afirma que é bem tranquilo.

Os dois, tanto doador, quanto mãe de receptor, mesmo não se conhecendo, debatem sobre como é essencial para ajudar a salvar vidas.

Doador e receptor

“Sabemos que a maioria das bolsas de plaquetas vai para crianças que fazem tratamento de câncer. Na época da pandemia também fomos bem acionados, porque tiveram mais necessidade. É uma sensação única,faz muito bem para nosso interior”, ressalta Allan sobre a vida do doador.

Campanhas de doação ganham cada vez mais novas formas de serem feitas/Foto: Cedida

Ele vai adiante e diz como faz bem para a sua saúde mental doar. 

Segundo Shayara, Caio foi diagnosticado com anemia falciforme aos seis meses de idade. Desde então, ele necessita de transfusões mensais de plaquetas para controlar a doença e evitar complicações graves.

“Ele tem uma doença chamada anemia falciforme e o único tratamento mais provável dessa doença é a transfusão. Como ele já teve cinco AVCs, a médica está fazendo essas transfusões crônicas para evitar que ele tenha outros,” explicou Shayara.

O procedimento é rigoroso e contínuo. Todo mês, Caio passa por um hemograma no hospital local. 

“Eles coletam a amostra sanguínea e levam para o Hemoacre. Quando a bolsa de sangue está pronta, eles fazem a transfusão para o Caio,” detalhou Shayara. 

A decisão de iniciar transfusões crônicas foi tomada após Caio ter sofrido dois AVCs seguidos, com apenas 15 dias de diferença entre eles. 

Doar faz bem

Allan fala da importância de campanhas de prevenção:

“As campanhas são de fundamental importância, as pessoas ainda têm muito receio de fazer essa doação”, diz. Ele deixa claro como não há nenhum perigo de contaminação ou algo do tipo: “você termina com um sentimento de dever cumprido”.

Uma bolsa de sangue salva até quatro vidas/Foto: Junior Aguiar/Sesacre

A mãe de Caio detalha o outro lado, como funciona o recebimento das doações para seu filho todo mês:

“A hematologista e a neuropediatra decidiram pela transfusão crônica. Todo mês, vou à consulta, ela faz o pedido de sangue, eu faço a coleta, e quando fica pronto, ela indica a transfusão,” relatou Shayara.

Além das transfusões, Caio também faz fisioterapia para tratar as sequelas dos AVCs. 

“Ele faz tratamento e fisioterapia porque ficou sequelado desse AVC. A demora no atendimento prejudicou o último AVC dele,” acrescentou Shayara, destacando a necessidade de um atendimento mais ágil para evitar mais complicações.

Importância de doar

Shayara e Allan – que faz parte da Igreja Batista da Floresta, que realiza campanhas de doação em todos os seus aniversários –  enfatizaram a importância das doações de sangue não apenas para Caio, mas para todas as crianças que sofrem de condições similares. 

Foto: Reprodução

“A doação é essencial para ele. Se não fosse isso, acho que ele não estaria nem vivo. Tanto ele quanto outras crianças que possuem essa mesma patologia precisam das transfusões mensais para aliviar a dor e combater problemas causados pela anemia falciforme,” afirmou.

Ela faz um apelo à sociedade para aumentar a conscientização sobre a doação de sangue. 

“As pessoas só procuram quando alguém conhecido precisa, mas sempre alguém precisa. Uma bolsa de sangue salva quatro vidas. O que são 40 minutos de doação? Acho que é menos que isso o procedimento de uma doação. Então é muito importante pensar nisso, porque salva vidas,” concluiu Shayara.

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