Seca avança e Rio Acre já tem sete pontos de monitoramento em atenção e alerta; entenda

Nesta segunda-feira, segundo a medição da Defesa Civil de Rio Branco, o manancial na capital chegou ao nível de 2,12 metros

Dados do Monitoramento Hidrometeorológico, divulgado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) apontam que a Bacia do Rio Acre tem seis pontos de monitoramento em cota de alerta máximo e um ponto de cota de atenção por conta da seca do Rio Acre.

De acordo com os dados, os pontos em alerta da Bacia do Rio Acre são: Assis Brasil, com nível 3,07 metros, Brasiléia, com 1,14 metros, Xapuri, com 1,59 metros, Rio Branco, com 2,12 metros, Espalha (S. Belo H.), com nível 0,97 metros e Riozinho do Rola, com nível de 1,68 metro. Os dados são desta segunda-feira, 10 de junho, às 6h.

Nesta segunda-feira, segundo a medição da Defesa Civil de Rio Branco, o manancial na capital chegou ao nível de 2,12 metros, ou seja, cada vez mais perto de se aproximar da cota de 2 metros.

A previsão é de seca em 2024/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Seca avançando

Com o avanço da seca, o diretor de administração de Desastres da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, em entrevista ao ContilNet em maio de 2024, explicou que o município de Rio Branco pode decretar estado de emergência no mês de julho, quando a seca entra em um período crítico. “Nós temos 65% de decretação de emergência em casos de seca, então dificilmente não acontece, pois tem ações emergenciais que precisam ser realizadas e que uma decretação agiliza. O decreto também é para que toda a comunidade entenda que é uma situação de emergência”, disse.

O Rio Acre chegou a menor cota para o período nos últimos 10 anos, na capital acreana. A previsão da Defesa Civil de Rio Branco é que, neste ano, a cidade de Rio Branco passe por uma seca severa igual ou pior que a de 2023. O diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil, Cláudio Falcão, acredita que em 2024 a capital possa ter um novo recorde negativo.

O Rio marcou 2,12 metros neste sábado/Foto: Juan Diaz/ContilNet

A menor marca já registrada do Rio Acre na capital acreana é de 1,25m, alcançada em setembro de 2022. A previsão é que até o final de maio o afluente esteja abaixo dos dois metros em Rio Branco.

Abaixo da cota de dois metros o rio é considerado intrafegável, já que a navegação fica dificultada em razão do baixo nível. Outros reflexos da seca também são o escoamento da produção ribeirinha, falta de água em comunidades rurais e a dificuldade na captação de água na zona urbana.

Falcão também explicou que a equipe já se prepara para atender as comunidades rurais e ribeirinhas que já estão afetadas pela seca do rio. “Esse plano já está em execução e essas comunidades já estão sendo atendidas, mas nós estamos no início do planejamento. O Plano de Contingência em relação à seca já está pronto”, afirmou.

Ondas de calor

A seca severa traz ainda as ondas de calor altas, que trazem prejuízos à saúde humana e animal. Segundo o diretor da pasta, todos são afetados, mas principalmente crianças e idosos.

Além disso, o desabastecimento também afeta a criação de animais e as produções rurais, que podem ser perdidas.

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