São Paulo — O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu, nesta quarta-feira (12/6), condenar o streamer Casimiro ao pagamento de R$ 10 mil reais ao mecânico Denilson Martins Jales, por danos morais. O caso foi aberto após o apresentador pedir cadeia para Denilson após o homem revelar, no programa Supernanny, que foi pai com 22 anos enquanto a companheira tinha 15.
Na live, realizada em 2021, Casimiro também o chamou de vagabundo:
“É crime, cadeia, cadeia no vagabundo. Não é de juízo que faltou não. É cadeia que faltou para você. Xilindró vagabundo”
Ao entrar com uma denúncia contra o streamer, o mecânico afirmou que nunca foi acusado de ter cometido crime. O advogado Marco Luna, que representa Denilson, alegou que “Casimiro utiliza de sua popularidade para lucrar, injuriar e ofender o autor publicamente”.
Durante o processo, Casimiro se defendeu dizendo que seu canal é humorístico. Além disso, afirmou que nunca atribuiu os crimes de estupro ou de pedofilia ao homem e que a essa interpretação partiu do mecânico e tirou de contexto os comentários feitos.
O apresentador ainda disse que se referiu ao fato da mulher ser “nova demais para entender o que seria criar um filho”. Por fim, afirmou que as críticas e as sátiras feitas fazem parte do exercício de liberdade e opinião.
Entretanto, o juiz Ricardo Tseng Kuei Hsu não achou a argumentação convincente e relatou que, com os comentários, Casimiro cometeu abuso ao chamar o mecânico de “vagabundo, um merda e paspalhão”.
A decisão do magistrado também incluí a retirada do vídeo em que o caso ocorre. Até a publicação desta matéria o conteúdo segue no Youtube mas em canais não oficiais. No canal de cortes do próprio apresentador já não é mais possível encontrar o material.
A Justiça deu 10 dias para o streamer entrar com recurso.