O Palácio Rio Branco estava tranquilo naquela manhã, com sua arquitetura imponente brilhando sob o sol acreano. De repente, um frio cortante envolveu a praça, e uma figura esguia, de cabelos brancos e vestes azuis, apareceu. Era Friale, o mago do tempo, um senhor de idade avançada que controlava o frio e o calor com maestria.
Ele havia sentido uma perturbação próxima ao Palácio Rio Branco. Algo antigo e poderoso havia despertado, e ele sabia que só ele poderia deter a ameaça que se aproximava. E foi então que ele viu o Mapinguari, a lendária criatura amazônica, emergiu de um portal próximo ao Palácio Rio Branco.
O Mapinguari era colossal, com um corpo coberto de pelos grossos, uma pele impenetrável e garras afiadas como facas. Seu olho vermelho brilhava com fúria e determinação. Ele avançava, destruindo tudo em seu caminho, movido por um instinto primordial de caos.
Friale, com um movimento de suas mãos, invocou uma rajada de frio que congelou o chão à sua frente, criando uma barreira de gelo. O Mapinguari, no entanto, não se deteve. Com um rugido, ele quebrou o gelo e continuou avançando. Friale sabia que precisaria de toda sua habilidade e experiência para enfrentar essa criatura.
A batalha começou. Friale lançou bolas de fogo que explodiam ao contato, mas o Mapinguari as resistia, avançando sem hesitar. Com um movimento ágil, Friale criou uma tempestade de neve, tentando diminuir a visibilidade do monstro. Mas o Mapinguari, continuava a se aproximar.
Então, Friale mudou de tática. Ele invocou uma onda de calor tão intensa que o asfalto derreteu sob os pés do Mapinguari. A criatura rugiu de dor, mas sua resistência era impressionante. Ele atacou com suas garras, e Friale mal teve tempo de desviar, criando um escudo de gelo que se quebrou com o impacto.
A luta se intensificava. O Mapinguari usava sua força bruta para derrubar postes e veículos, enquanto Friale tentava contê-lo com uma combinação de frio e calor, tentando encontrar um ponto fraco. Com um movimento rápido, Friale criou um ciclone de fogo e gelo, lançando-o contra o Mapinguari. A criatura foi arremessada para trás, mas logo se levantou, mais furiosa do que nunca.
Friale começou a sentir o peso da idade. Suas energias estavam se esgotando, e ele sabia que precisava terminar a luta rapidamente. Ele então teve uma ideia arriscada. Concentrando todas as suas forças, ele invocou uma explosão de calor seguida de uma onda de frio absoluto, direcionando-as ao coração do Mapinguari.
O choque térmico foi devastador. A criatura rugiu de agonia enquanto seu corpo gigantesco era atingido pelas forças opostas. O calor penetrou suas defesas, seguido pelo frio que congelou suas entranhas. O Mapinguari, por fim, caiu de joelhos, seu corpo tremendo violentamente antes de desmoronar no chão.
Friale, exausto, olhou para a criatura derrotada. Ele sabia que o Mapinguari não estava morto, mas temporariamente neutralizado. A batalha tinha sido intensa, mas o mago do tempo havia prevalecido. Ele sabia, no entanto, que essa vitória não era permanente. O Mapinguari poderia retornar, e ele precisava estar preparado.
Enquanto o sol começava a se pôr sobre o Palácio Rio Branco, Friale se virou para a cidade. Havia muito a reconstruir e proteger. E assim, o mago do tempo, mesmo cansado, jurou proteger Rio Branco de qualquer ameaça que viesse, usando seu domínio sobre o frio e o calor para manter a paz e a segurança de seu povo.
Um conto criado por Francisco Moreira.
“Uma homenagem singela ao nosso querido Friale, o nosso mago do tempo.”