Direita no Acre parece ter entendido o segredo que deu sucesso à FPA e precisa olhar para 2026

É preciso avaliar até que ponto a divisão dentro de um grupo político é benéfica. E isso vale para muita coisa...

Que os acreanos não são petistas e de esquerda, a nível ideológico e partidário, isso é fato – as eleições dos últimos anos têm mostrado isso com muita clareza. Mas o que a Frente Popular do Acre (encabeçada pelo PT e composta por outros partidos de esquerda e centro-esquerda) fez para manter-se no poder por 20 anos – especialmente à frente do Governo do Acre – é algo inquestionável e que merece reconhecimento no cenário político.

Palácio Rio Branco. Foto: Agência de Notícias do Acre

As rusgas e divergências sempre foram muito claras entre os membros desse grupo, mas essas questões sempre foram colocadas à parte quando o assunto era ganhar eleição. Quem não se lembra dos comentários, nos bastidores, sobre os atritos que existiam entre Jorge Viana e Tião Viana, por exemplo, quando ambos estavam exercendo cargo político?

O fato é: a união fez a força – e vice versa. O que fez o PT para perdê-las com o passar dos anos é assunto para outra coluna.

E o grupo da direita?

A direita não tinha entendido a regra – ou preferiu não olhar para os fatos – quando, ao travar as disputas com a FPA, se dividiu. Mesmo seus atores estando bem posicionados na preferência eleitoral, aderiu à luta individual ao invés de uma caminhada coletiva. Cada um por si e Deus por sei lá quem…

Peças

Nas disputas pelo Governo, por exemplo, Márcio Bittar foi para um lado; Bocalom para o outro. O resultado: vitória da FPA.

Em 2018, o jogo começou a mudar

Quando Gladson emerge como esperança para o grupo direitista, Marcio Bittar e Bocalom saem de cena e deixam o atual governador como protagonista, numa luta em que a vitória se deu para todos eles. Aí também se inicia o começo da queda da FPA…

Divisão nem sempre é bom

É preciso avaliar até que ponto a divisão dentro de um grupo político é benéfica. E isso vale para muita coisa…

Em 2024

Nesse cenário em que a disputa é pela Prefeitura de Rio Branco, Gladson, Bocalom, Alysson, Bittar e seus respectivos partidos parecem ter tomado a medida mais acertada em direção a uma possível vitória nas urnas. Dividir a cabeça do eleitor é sempre um perigo, e a história não mente.

Marcus Alexandre e o MDB já são vacinados

A questão é: Marcus Alexandre e o MDB também sabem o caminho dos ovos de ouro – ambos pela vasta experiência na vida política. As alianças com os partidos provam isso. Mas precisam tomar cuidado com a ideia de uma chapa puro-sangue – a partir da hipótese de colocar Flaviano como vice.

O que direita e esquerda precisam pensar

Se a união faz a força e se apresenta como um forte requisito para se sair vitorioso nas eleições de 2024, a orientação também vale para 2026.

Alan e Mailza

Márcio diz que Alan Rick será o candidato ao Governo do grupo direitista e Mailza já se considera a sucessora de Gladson. O grupo precisa conversar para não escorregar.

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