Possível racha do PSDB com Bocalom não atrai Jarude, que pretende manter chapa puro-sangue

Veja detalhes na coluna Pimenta no Reino, do jornalista Matheus Mello

A decisão do PSDB em rachar com a chapa Bocalom/Alysson e abrir diálogo com outras candidaturas em Rio Branco, parece não ter enchido os olhos do deputado estadual Emerson Jarude, pré-candidato do NOVO. Em depoimento à coluna, o parlamentar declarou que não deverá abrir negociação com o partido tucano.

Jarude durante sessão na Aleac/Foto: Juan Diaz/ContilNet

“Meu diálogo não é com os partidos, mas sim com as pessoas que há tanto tempo não são ouvidas sobre o que é realmente importante para recuperar Rio Branco”, disse Jarude.

O posicionamento do deputado é claro: vai disputar a Prefeitura de Rio Branco com uma chapa totalmente puro-sangue do NOVO.

Coerente

Se abrisse diálogo com o PSDB, Jarude estaria assinando a ficha de incoerência. Desde o início vem defendendo uma candidatura sem negociatas por cargos, trocas por interesses pessoais ou se render à velha política. Ao fechar chapa com os tucanos, o deputado iria na contra mão a tudo que vem criticando.

Já do outro lado

Do outro lado, a possibilidade de uma aliança com o PSDB fez os olhinhos dos dirigentes do MDB brilharem. Também em entrevista à coluna, Marcus Alexandre disse que está aberto ao diálogo com os tucanos e destacou que política é feita de alianças.

Marcus Alexandre durante a vinda dos ministros Simone Tebet e Silvio Costa Filho/Foto: Juan Diaz/ContilNet

CONFIRA: “Estou aberto ao diálogo”, diz Marcus sobre aliança com o PSDB após partido rachar com Bocalom

Alguém avisa!

Já o PL garante que a aliança com os tucanos segue mantida e declarou que quer o PSDB na chapa Bocalom/Alysson.

Reviveu quem estava morto

A verdade é clara: a decisão fez o PSDB, um partido praticamente sucateado no Acre, reacender politicamente. O partido, em Rio Branco, perdeu todos os vereadores eleitos, que se bandearam para outros partidos. No Acre, a única representação forte dos tucanos é o deputado Luiz Gonzaga, que preside a Assembleia Legislativa. Fora isso, o partido não tem nenhum prefeito com mandato.

Blefe?

Com essa disputa, o partido voltou aos holofotes da política, o que não acontecia há um bom tempo. Muitos, inclusive, dizem que o presidente da Executiva Municipal apenas blefou ao anunciar o racha com Bocalom, justamente para ganhar a atenção do prefeito. Afinal, os tucanos estão lotados de cargos no governo e não iriam correr o risco de uma debandada do Palácio.

Não vai pegar bem

Embora o governador Gladson Cameli pareça ter liberado os membros do governo a escolher seus próprios candidatos a prefeito na capital, não iria pegar bem para Minoru Kinpara, presidente da Fem e André Assem, do IMAC, ambos membros do PSDB, decidirem apoiar outro candidato que não seja a chapa Bocalom/Alysson.

Reunião marcada

Se perder o PSDB, a chapa Bocalom/Alysson vai em buscar de sacramentar a união com o Republicanos. O coordenador de campanha do prefeito, o ex-secretário Frank Lima, disse à coluna que nesta semana, na próxima sexta-feira, o PL terá mais uma reunião com o deputado federal Roberto Duarte, que preside o partido no Acre.

Decisão final de Duarte

A construção da aliança com o Republicanos é encabeçada pela deputada federal Antônia Lúcia, principal apoiadora da reeleição do prefeito Tião Bocalom. Mesmo com a ponte da deputada, Frank lembrou que a decisão precisa passar antes por Duarte.

“Nós vamos procurá-lo, embora a Antônia fazendo parte do Republicanos, nós entendemos que o Duarte é o presidente do partido. Ele faz parte desse time da direita e a gente quer ele com a gente”, disse.

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