Agência dirigida por Jorge Viana teve status consular privilegiado nos EUA no governo Bolsonaro

General Mauro Cid, antecessor do politico acreano no cargo, sequer devolveu o passaporte diplomático ao final de sua gestão; privilégios que Jorge Viana não tem

Sob as ordens do atual diretor-presidente, o acreano Jorge Viana, a representação da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em Miami, nos Estados Unidos, está passando por pente-fino em relação ao período em que foi comandada pelo general Lourena Cid, no governo Jair Bosonaro. Lorena Cid é pai do ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid – ambos implicados em inquéritos da Polícia Federal no caso das vendas de jóias recebidas pelo ex-presidente como presentes de governos ao povo brasileiro.

Sede da Apex Brasil/Foto: Apex

A operação pente-fina o encontrou na representação da Apex nos EUA o status anexo consular, um privilégio de caráter irregular. O status, na definição em inglês, é “Miscellaneous Foreign Government Office” e é uma façanha, jamais conseguida por qualquer outra representação da Apex no exterior.

Foi um status negociado pelo Itamaraty de Bolsonaro com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e a condição deu aos integrantes do escritório benefícios diplomáticos, como vistos de maior duração, entre outros. Benefícios que a administração de Jorge Viana, ele próprio ou seus diretores e assessores, não têm.

A propósito, não foi encontrada nas dependências da Apex em Miami nenhum sinal da nota técnica que tenha embasado o status privilegiado, nem cópia do visto de trabalho concedido ao general Mauro Lourena Cid. O militar, investigado no caso das joias, não devolveu o passaporte oficial ao deixar a Apex, em janeiro de 2023.

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