Acre é um dos estados que menos registrou focos de incêndios florestais em 2024

Dos 27 estados que registraram focos de queimadas, o Acre ocupa o 22º lugar do ranking

O período de estiagem é conhecido, também, pelo número de queimadas que aumenta significativamente no Acre. Os focos de incêndios são perceptíveis não apenas pela fumaça, mas também pelo dano que causam à saúde da população.

Apesar do Acre ter registrado um aumento de mais de 200% quando comparado os primeiros dias de junho de 2023 e 2024, o estado é uma das unidades da federação que menos registrou focos de incêndios florestais em 2024, desde 01 de janeiro a 25 de junho.

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queimadas

Queimadas no Acre/Foto: Ilustrativa

Segundo o painel do BDQueimadas, plataforma utilizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante 2024, o Acre registrou 109 focos de incêndios florestais, o que equivale a 0,3% de todos os focos registrados no Brasil.
Os dados são do satélite de referência AQUA.

Dos 27 estados que registraram focos de queimadas, o Acre ocupa o 22º lugar do ranking, na frente apenas da Paraíba (76 focos), Rio Grande do Norte (76 focos), Sergipe (66 focos), Distrito Federal (31 focos) e Amapá (7 focos). O estado com maior número de focos foi Mato Grosso, com 8.249 focos, o que equivale a 24.5% do registrado, seguido de Roraima, com 4.627 focos (13.7%).

Fonte: BDQueimadas/Inpe

Amazônia

Na Amazônia, onde também acontecem muitos incêndios florestais neste segundo semestre do ano, o Acre está no final do ranking no número de queimadas.

O estado que mais registrou foi Mato Grosso, com 5.034 focos, Roraima em segundo, com 4.627 focos. O Acre está em 7º lugar dentre os 9 que registraram focos.

Veja o ranking do BDQueimadas:

Ao ContilNet, o diretor de Administração de Desastres da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, o combate à queimadas também faz parte do Plano de Contingência relacionado à seca que o Acre tem enfrentado nos últimos dias.

As ações em combate às queimadas no plano de contingência do município estão relacionadas com a mobilização de órgãos e secretarias que podem ajudar no combate. “Como por exemplo, órgãos que tem tratores para fazer aceiros, ou aqueles que tem caminhões-pipas para apoiar no combate à incêndios quando, por ventura, o Corpo de Bombeiros não estiver dando conta com seus próprios caminhões, então todos esses órgãos fazem parte do plano de contingência e cada um já sabe o que fazer em momentos de crise”, explicou.

Ainda de acordo com o coronel Falcão, o satélite AQUA, que registra o número de focos no BDQueimadas, mostra apenas os incêndios florestais, mas que além deles, Rio Branco já sofre também com as queimadas urbanas. “Os incêndios florestais são aqueles que tem proporções de pelo menos 100 por 100 metros quadrados, que dá 10 mil metros e as queimadas urbanas são menores”, afirmou.

Acre vive oito meses em emergência ambiental

Por conta do período de seca, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima publicou no dia 30 de abril, em edição do Diário Oficial da União (DOU), o calendário de emergência ambiental em áreas mais suscetíveis a incêndios florestais entre fevereiro de 2024 e abril de 2025. O Acre aparece como suscetível a incêndios florestais entre abril e novembro de 2024, junto com outros estados como Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro e outros estados.

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A publicação da portaria que declara estado de emergência ambiental é um procedimento anual, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de interesse público, como a contratação de brigadistas pelo Programa de Brigadas Federais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo o Governo Federal, são contratadas brigadas especializadas para cada período e região, como agentes indígenas, quilombolas e de comunidades que conheçam o território e possam contribuir com ações preventivas.

Pantanal

Antes do fim de junho, o Pantanal já tem o pior primeiro semestre da história em números de queimadas. Os registros até segunda-feira (24/6) somam 3.372 casos. Até este ano, o semestre com maior quantidade de incêndios era 2020 (2.534).

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