“A petezada só tinha papo”, diz Bocalom ao conversar com produtores rurais de Rio Branco

“Eles só tinham papo furado na hora de ajudar os produtores”, apontou o prefeito ao lançar Polo Agrícola na capital

“Essas máquinas serão possantes e bem diferentes daquilo que diziam e faziam a petezada”, disse, nesta sexta-feira (5), no bairro da Sobral, em Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom, pré-candidato à reeleição, ao falar durante o lançamento de uma das últimas etapas do plano agrícola de sua gestão. Os equipamentos a que se referiu o prefeito serão máquinas de beneficiamento de arroz, feijão e milho, que serão construídos os armazéns que servirão de referência do polo agrícola municipal, que começa a ser instalado nas imediações do Ceasa em Rio Branco, no final da rua da Sobral.

“Na hora de ajudar os produtores rurais ao contrario de nós, que cuidamos da mecanização, que demos o calcário e agora estamos criando este polo de beneficiamento, a petezada só tinha era papo”, disse o prefeito.

Até o final deste ano, o polo agrícola lançado nesta sexta-feira estará em pleno funcionamento/Foto: Reprodução

Ao se referir à “petezada”, de alguma forma, o prefeito Tião Bocalom dá uma estocada em seu principal adversário na corrida pelas eleições municipais, o ex-prefeito Marcus Alexandre, que foi eleito em 2012 e reeleito em 2016 pelo PT (Partido dos Trabalhadores) e que, em 2024, busca um novo mandato pelo MDB. Pesquisas de opinião pública apontam que Bocalom e Marcus Alexandre estão tecnicamente empatados na disputa.

De acordo com Bocalom, até o final deste ano, o polo agrícola lançado nesta sexta-feira estará em pleno funcionamento. “Os armazéns levam no máximo 90 dias para estarem erguidos e em seguida, é só instalar o maquinário aqui dentro”, disse.

O maquinário, segundo ele, não será igual ao das grandes indústrias de beneficiamento de grãos, mas serão suficientes para atender aos produtores locais. “O maquinário de beneficiamento de arroz vai separar os grãos. Aqueles caroços quebradiços e manchados, são separados. O mesmo acontece com o feijão. As pessoas não querem saber de feijão sujo de poeira ou quebradiço. Já o milho, para ter valor agregado, será triturado para melhor agradar a clientela, porque ninguém gosta de comprar milho em caroço”, disse Bocalom. “Estou muito feliz com o que estamos fazendo aqui porque é a penúltima etapa do plano agrícola que eu sempre defendi para o nosso município”, lembrou.

Entre as autoridades presentes estava o senador Marcio Bittar/Foto: Reprodução

Bocalom disse ainda que o plano, incialmente, mereceu atenção nos aramais, depois com a recuperação do solo através de mecanização e calcário. “A parte de beneficiamento, vem agora. Tudo por etapa”, disse o prefeito, ao lembrar que problemas de natureza técnica impediram a Prefeitura de lançar a atual etapa no ano passado.

“Para chegarmos aqui, precisaríamos recuperar equipamentos. Das 30 máquinas que encontramos na Prefeitura para trabalhar na área agrícola, todas estavam encostadas, com peças quebradas. Recuperamos pelo menos 23 máquinas e agora poderemos junto ao maquinário ao que estamos adquirindo. Estamos gastando quase R$ 8 milhões para o maquinário de beneficiamento de grãos”, acrescentou.

Bocalom lembrou ainda que nunca a administração municipal se preocupou em colocar recursos em grandes quantidades para o setor agrícola “Nós saímos de pouco mais de R$ 6 milhões para R$ 80 milhões no orçamento para a agricultura municipal. E onde é que antes estava este dinheiro? Eu não sei. Só sei que não operamos milagre. O que fazemos é não roubar e não deixar roubar. Fazendo isso, o dinheiro dar”, disse o prefeito, ao ressaltar que o polo agrícola está sendo implantado com recursos próprios da Prefeitura.

No entanto, o senador Márcio Bittar (UB-AC) participou da solenidade e foi lembrado pelo prefeito como um grande parceiro do município na obtenção de recursos federais através de emendas. “ Em tudo que estamos fazendo, temos a ajuda da bancada federal, mas o senador Márcio Bittar, em particular, tornou-se o nosso grande parceiro”, disse.

O novo projeto implantado por Bocalom foi elogiado por vários dirigentes de associações de produtores, como o presidente da Associação do Baixa Verde, onde há pelo menos duas mil famílias instaladas. “Esta administração da Prefeitura não deixa os produtores esperando. Nunca mais tomamos chá de cadeia na Secretaria Municipal de Agricultura”, disse Mizael Mota, presidente da Associação.

O vice-presidente da Associação ao lado da diretoria/Foto: Reprodução

O mesmo disseram moradores do Barro Vermelho. “Este administração tem mostrado responsabilidade com os agricultores de Rio Branco”, disse Janeo Barbosa Euzébio, vice-presidente da Associação dos Produtores do Barro Vermelho, cuja diretoria veio em peso para Rio Branco a fim de prestigiar o novo empreendimento da Prefeitura de Rio Branco.

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