O prefeito de Pimenta Bueno, Arismar Araújo de Lima, está no centro de uma polêmica envolvendo o Concurso Público nº 01/2024 do município.
O Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO) entrou com uma ação civil pública pedindo a anulação do certame, citando diversas irregularidades que comprometem a legalidade e a transparência do processo seletivo.
Irregularidades na organização
Foi apontado que a Comissão Especial, nomeada pelo prefeito, não possuía membros com a formação técnica necessária para elaborar as provas para todos os cargos oferecidos. Isso inclui posições como Analista de Recursos Humanos, Educador Físico, Fonoaudiólogo e várias especialidades médicas. A falta de capacitação técnica levantou sérias preocupações sobre a validade das questões formuladas.
Problemas na aplicação das provas
Durante a aplicação das provas em 12 de maio de 2024, não foram fornecidas embalagens plásticas lacradas para o armazenamento de dispositivos eletrônicos dos candidatos. Essa falha na segurança permitiu que muitos candidatos permanecessem com seus celulares durante o exame, comprometendo a integridade do concurso.
Local inadequado para impressão das provas
A ação civil pública destaca que a impressão das provas ocorreu em uma clínica de psicologia, uma escolha inusitada e inadequada para garantir o sigilo e a segurança necessários. A clínica, que não possui atividades registradas relacionadas à impressão de documentos, foi utilizada sem critérios claros, o que levantou suspeitas sobre a condução do processo.
Suspeitas de favorecimento
O MP também revelou que diversos servidores municipais foram aprovados nas primeiras colocações, incluindo membros do setor de Recursos Humanos da prefeitura. Essa situação sugere possível vazamento de informações, especialmente considerando que a prova para o cargo de Analista de Recursos Humanos foi elaborada por membros da própria comissão organizadora, que inclui servidores do município.
Erros nos gabaritos
Foram identificados múltiplos erros na publicação dos gabaritos, especialmente para o cargo de Pedagogo Social. Foram publicadas quatro versões diferentes do gabarito, sem a devida retificação nas pontuações, demonstrando o despreparo da comissão organizadora para gerenciar o certame.
O prefeito Arismar Araújo de Lima e a administração municipal ainda não se pronunciaram sobre a ação judicial. O caso segue agora para análise do Judiciário, e a comunidade aguarda esclarecimentos sobre as medidas que serão tomadas para garantir a transparência e a justiça no processo seletivo municipal.
Fonte: Extra de Rondônia