Produção agrícola no Acre cresceu mais de 3% em um mês, sendo a 4ª maior variação do país

Em valores absolutos, o aumento foi de 6.717 toneladas, o que impulsionou a balança comercial e exportações do estado.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (11) o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que coloca o Acre entre os estados que tiveram maior variação absoluta, de maneira positiva, na estimativa de produção entre os meses de maio e junho, sendo o quarto maior deles.

Comparando com o esperado para  maio e junho, a variação foi de 3,3%, o que representa 6.717 toneladas a mais do que a estimativa. O esperado para o quinto mês do ano eram 188.597 toneladas, já em junho, a expectativa é que chegue a 194.768.

Neste ano, o produto que lidera a lista é a mandioca, com pouco mais de 469 mil toneladas, seguido pelo milho, com 126 mil. Outros produtos que chamam atenção quanto aos números de produção são a banana, com 89 mil toneladas, e a soja, com 61 mil.

O crescimento é resultado dos programas de incentivo à mecanização, recuperação de áreas não produtivas ou que passaram por forte degradação e também melhorias na infraestrutura de armazenamento, realizadas pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri).

Produção de milho foi uma das que mais cresceu, com 7,6% de alta entre maio e junho. Foto: Diego Gurgel/Secom

“As produções agrícolas do Acre estão atingindo níveis sem precedentes, e tal aumento se atribui a diversas aplicações em investimentos tecnológicos, pesquisa e infraestrutura, sempre na busca de prestar um braço amigo, ajudando o produtor a crescer junto com o estado”, disse José Luis Tchê, o nome à frente da Seagri.

A melhora nas produções também é atribuída ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (Idaf), que realiza a fiscalização e monitoramento do surgimento de pragas que podem impactar negativamente o desempenho da agricultura em território estadual.

A coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, explicou como pode se dar o impacto destes organismos na lavoura. 

“A simples presença de organismos vivos em determinado local pode comprometer a comercialização de produtos ou destruir cultivos, tornando-se uma barreira para exportações”, relata Teixeira.

A alta na agricultura contribui para outros dados positivos do estado, como o superávit na balança comercial no primeiro semestre deste ano, somando U$46 milhões, superior a todo o valor do ano anterior. Além disso, as exportações já se aproximam dos U$48 milhões, sendo liderada pela soja, que sozinha totaliza 44% do valor.

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