Em 14 anos, Acre registrou mais de 120 casos de coqueluche; uma pessoa morreu

A coqueluche em bebês é muito comum, e a doença é altamente contagiosa, sendo que um indivíduo pode passá-la para o outro com muita facilidade

Um boletim divulgado nesta semana pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) mostra o cenário epidemiológico do Estado sobre casos de coqueluche, entre 2010 e 2024 (até a semana 22 – que compreende o mês de maio).

A coqueluche é uma infecção contagiosa que afeta as vias respiratórias que levam o ar até os pulmões. Ela é causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis, e também é chamada de “tosse convulsa”, porque um dos principais sintomas de quem a possui é que a tosse sai com um som diferente, similar a um assobio.

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Nesse período, foram notificados 606 casos suspeitos e, entre esses, 129 (21%) foram confirmados. O último caso confirmado foi em 2019, na capital acreana.

A coqueluche em bebês é muito comum, e a doença é altamente contagiosa, sendo que um indivíduo pode passá-la para o outro com muita facilidade. Para impedir que crianças desenvolvam a doença, é preciso garantir que a vacina da coqueluche seja dada aos pacientes ainda nos dois primeiros anos de vida.

2014 foi o ano com maior número de confirmações: 69 (53%). A partir de 2015, foi registrada uma redução importante no número de casos confirmados.

“Em relação ao sexo, 69 (53%) dos casos confirmados por coqueluche foram do sexo feminino e 60 (47%) masculino. Quando analisamos a faixa etária, 86 (67%) dos casos ocorreram em crianças até 4 anos, sendo 54 (42%) em menores de 01 ano”, destaca um trecho do boletim.

“A ocorrência de coqueluche em crianças dessas faixas etárias, reforçam a necessidade de ações que visem aumentar a cobertura vacinal da Pentavalente e os dois reforços com DTP”, continua.

A vacinação é uma forma de combater a doença/Foto: ContilNet

Os casos foram registrados em 11 municípios, sendo que as maiores frequências foram em Cruzeiro do Sul 44 (34%) e Rio Branco 40 (31%).

“Dentre os casos confirmados, 02 pacientes menores de 01 ano, residente no município de Cruzeiro do Sul (1) e Rio Branco (1) evoluíram para óbito”, acrescenta.

Sobre a análise clínica dos casos confirmados, a maioria se deu por critério clínico 76%; e apenas 12% por critério laboratorial.

“A cultura é o método diagnóstico considerado padrão ouro para o diagnóstico da coqueluche, permitindo o isolamento do agente etiológico, sendo um importante indicador para acompanhar a circulação da Bordetella pertussis”, diz o boletim.

Quais são os sintomas de coqueluche?

A coqueluche é uma doença que dura várias semanas e que é dividida em 2 fases, com sintomas que são progressivos até que eles passam a diminuir, aos poucos, e o paciente se recupera.

Na fase inicial da doença, chamada de estágio catarral, os sintomas podem ser bastante similares com o da gripe.

Entre os principais sintomas de coqueluche, podemos destacar:

– Tosse com silvo, que acontece em acessos e de forma continuada;
– Os acessos de tosse, que podem fazer com que o paciente não consiga respirar entre uma tosse e outra;
– Quando o paciente tenta respirar fundo, pode guinchar ou emitir sons que denotam dificuldade;
– Coriza;
– Febre;
– Mal-estar;
– Falta de ar;
– Cansaço extremo;
– Vômitos pelo esforço durante os acessos de tosse e
– Lábios e extremidades azuladas por causa da falta de ar.

Para tratar a coqueluche, o paciente precisa ficar em isolamento, evitando que outras pessoas desenvolvam a doença.

O tratamento é feito por meio de medicamentos diversos, que aliviam os sintomas e a tosse constante, além do uso de oxigênio para tratar a falta de ar. Curiosamente, xaropes e medicamentos usados comumente na gripe não têm efeito algum nos pacientes com coqueluche.

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