“A glória e as tragédias” de Romildo Magalhães na versão do ContilNet foi insensivelmente deturpada

Texto produzido pela esposa do ex-governador Romildo Magalhães, como direito de resposta ao jornalista Tião Maia

Rosinha Magalhães, esposa do ex-governador Romildo Magalhães, exercendo o direito de resposta, vem repudiar as inverídicas e divergentes informações contidas na matéria – “A glória e as tragédias de Romildo Magalhães, um dos governantes mais polêmicos do Acre” – publicada no Contilnet, no último domingo (14), e assinada pelo jornalista Tião Maia.

Romildo e a esposa, Rosinha Magalhães/Foto: ContilNet

Mesmo consternada e ainda buscando forças para superar o falecimento do meu marido, não posso ficar em silêncio com as afrontas escritas por tal jornalista que visivelmente tentou macular o nome e trajetória de Romildo Magalhães, preferindo acusações levianas, indevidas e intoleráveis ao narrar episódios da nossa família.

É importante frisar que ao publicar inverdades, tal jornalista não respeitou sequer a dor e o nosso luto. Preferiu redigir linhas apelativas, maldosas, infames e com narrativas que extrapolam todos os preceitos éticos do jornalismo. Não ouviu os citados, deixou de checar corretamente os fatos, e não apresentou provas robustas aos leitores, levando-os a acreditar em inverdades.

Ao longo da matéria, tentou diminuir a qualquer custo a trajetória de Romildo, desde a sua juventude, a ascensão à política e o processo do afastamento dela. Romildo não foi um desocupado, sempre ajudou a sua mãe, Dona Mocinha, nos negócios da família, encontrou no esporte uma forma de também vencer na vida e incentivar outros, serviu como taxista e servidor da Secretaria da Fazenda.

No campo político, Romildo começou a carreira em Feijó, aos 18 anos, tornou-se prefeito, depois ganhou dois mandatos de Deputado Estadual, sendo bastante atuante na Assembleia Legislativa do Acre. Quando se candidatou a vice-governador, na chapa de Edmundo Pinto, tinha votos para somar e não para dividir com o majoritário. Muito menos participou ou apoiou ‘suposta manobra’ em convenção realizada na sede do Rio Branco Futebol Club. Romildo estava com plena e merecida visibilidade na carreira. Sempre foi aliado de Edmundo Pinto, e não “inimigo” como transparece na reportagem.

Quando narra um acontecimento trágico envolvendo a morte de Romildo Magalhães da Silva Júnior, Tião Maia erra ao afirmar que era filho de Antônia Magalhães (a ex-primeira-dama Toinha). No momento da tragédia, todos estavam descansando depois de um dia exaustivo de trabalho no Haras Cinco Irmãos. É uma inverdade dizer que os assaltantes estavam procurando “sacos de dinheiro advindos de corrupção”. Esclareço que o Haras Cinco Irmãos atendia como um restaurante e até como pousada, por tanto, os acusados estavam procurando o apurado do final de semana.

Faz justiça esclarecer ainda, sobre este episódio, que os assaltantes haviam amarrado o rapaz e amordaçado por pura maldade, depois de terem prendido os funcionários, pego o dinheiro do caixa e as chaves dos carros. Romildo não teve a chance de escolher entre a sua vida ou a vida do filho, como colocou na referida matéria. Tenho certeza que se fosse para escolher, salvaria a vida de Júnior Magalhães.

Outro ponto que precisa ter total transparência diz respeito ao episódio envolvendo o único filho com Toinha. Sim, o rapaz cometeu alguns erros na juventude, sempre foi orientado a cumprir com os requisitos da lei, foi ouvido pela justiça, cumpriu com as obrigações impostas pelas autoridades, e hoje vive fora do estado, com sua família, totalmente livre e incluso na sociedade. Não deve mais nada para a justiça!

Quanto à informação de que Romildo ‘nunca visitou o filho no sistema prisional’ é outra grande inverdade. Pelo contrário, Romildo Magalhães não só visitou o rapaz na UP4 como também pagou do próprio bolso a defesa perante os tribunais. Ele nunca concordou com tal erro, mas jamais abandonou o filho na circunstância informada na matéria.

Por fim, fica registrado o meu repúdio pela falta de empatia e dos fatos narrados com parcialidade, sem apuração séria, sem seguir um código de ética rigoroso, desrespeitando a privacidade e os direitos das pessoas, quando dissemina informações falsas. Infelizmente, Romildo não está vivo para se defender das calúnias, porém, em nome do seu legado, faço os referidos esclarecimentos e rogo que este periódico tenha mais critérios éticos no exercício do jornalismo.

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