Família Sales sente o baque do movimento de Bittar: os bastidores de uma grande reviravolta

Veja na íntegra a coluna do jornalista Ton Lindoso

A edição de quinta-feira (25) desta santa coluna envelheceu como vinho. Logo após virem à tona os bastidores — dentro do PL — da escolha de vices nos municípios de Cruzeiro do Sul e Brasiléia, em candidaturas defendidas pelo senador Márcio Bittar, setores da imprensa foram recebendo doses homeopáticas daquilo que este espaço tratou — e outros adotaram — como recálculo de rota.

Família Sales/Foto: Reprodução

Nas primeiras horas do dia, tomou café da manhã com o governador Gladson. E fez do seu limão, uma bela limonada. Se antes estava apoiando alianças que não lhe cabiam; agora está ainda mais próximo daquele que pode ser a sua dobradinha para o Senado — todos os ventos indicam que de fato será.

Jessica Sales e Leila Galvão, vocês perderam. Vocês sabem que perderam.

MARIA DAS VITÓRIAS — A primeira reação pública a esta santa coluna, quando noticiou com exclusividade o apoio selado entre Bittar e Zequinha, veio da ex-senadora Maria das Vitórias, mãe de Tota Filho, o ungido a vice de Jessica: “Quem decide é o povo”.

JESSICA SENADORA? — Nos bastidores, não ficou dúvidas de que o movimento foi sentido lá pela residência da família Sales. Um assessor, que pediu sigilo — e isso lhe será concedido — cravou: “Se ela perder, será candidata ao Senado”.

POSSIBILIDADE — Dois detalhes importantes: primeiro, essa é a vaga pretendida por Bittar. Segundo, que história é essa de “se perder”? Então uma candidata que tempos atrás pontuava na casa dos 70% está pensando na possibilidade de… perder?

BRASILÉIA — De tabela, Bittar cravou a indicação do vice em Brasiléia, na chapa de Carlinhos do Pelado (PP-AC). Isso horas antes da convenção, que aconteceu em uma quadra de esportes. Trata-se de Amaral do Gelo (PL-AC).

GRATIDÃO — Bittar, que nada tinha nesses municípios, cravou seus dois pés para 2026. E arrancou de Gladson um gesto que dispensa explicações: “Gratidão é uma palavra constante em meu vocabulário”.

COMO NÃO AMAR? — O secretário Danadinho, da Casa Civil, ainda posou em fotos. Detalhe: o magérrimo secretário de Gladson reuniu com Leila Galvão dias antes da filiação da arqui-inimiga Fernanda Hassem. Quando existia, dentro do governo, uma ala — que não era pequena — que preferia Leila no PP. E agora, posa nas fotos comemorando o baque na chapa da coleguinha. Como não amar a política?

PEDRA CANTADA — Henrique Afonso no gabinete de Mailza já é uma pedra cantada há tempos por esta santa coluna. A depender da aceitação do seu nome dentro e fora do gabinete, fará um excelente trabalho. Já que, até aqui, o único que consta na lista de insatisfeitos é o senador Sérgio Petecão.

SOLIDARIEDADE — Uma coisa precisa ficar bem clara: o deputado Afonso Fernandes possui espaços no governo, por ser um deputado da base. O Solidariedade não tem essa relação com o Palácio. Ao contrário de outros partidos. Então, quando um partido como esse anuncia apoio a Bocalom, está fazendo por consideração a Gladson, não por ter espaços.

SEM ESSE PAPO — Isso não se pode dizer de partidos como o PDT, que está montado na pasta de Agricultura, mas quer dar uma de livre, com deputados que flertam abertamente com o candidato que não é o do governador. E não me venham com essa de resoluções: a federação Rede/PSOL, por exemplo, é proibida legalmente de coligar com o PDT. Mas estão todos lá, pedindo apoio para o Chame-Chame.

COM QUEM CONTAR — É bom que Gladson faça contas e veja com quem realmente pode contar. E se essas pessoas com quem realmente pode contar são mais ou menos empoderadas que aqueles que não pode contar. 2026 está às portas.

BATE-REBATE

– Sexta-feira é dia de duas importantes convenções (…)

– (…) Jerry Correia em Assis Brasil, e Sérgio Lopes em Epitaciolândia (…)

– (…) Aliás, com Dorzila para um lado e Everton para outro, a reeleição de Sérgio ficou mais fácil.

– Vocês viram como o Daniel Zen tava todo arrumadinho no Papo Informal, com Luciano Tavares? (…)

– (…) O bem preparado líder da esquerda acreana concedeu uma excelente entrevista.

– “Ton, o que está por trás das agendas do presidente do STF no Acre?” (…)

– (…) Sei lá! (…)

– (…) Só sei de uma coisa: o ministro foi muito bem brifado. Disse muitas verdades sobre o estado (…)

– (…) A maior delas, a de que o Acre “está perdendo a guerra para o tráfico e para as facções criminosas”.

– Um dos fundadores do PSD acreano, professor Coêlho deixa o partido (…)

– (…) O que está acontecendo com o grupo do Petecão?

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