Árbitro é agredido com socos após jogo de futebol em Rio Branco

De acordo com o árbitro, que há 10 anos atua na função, após o apito final o agressor invadiu o gramado, passou a xingá-lo e em seguida lhe acertou um soco no rosto.

Em relatos ao ge, ele conta que após a primeira agressão, o homem deixou o gramado, mas seguiu no portão próximo ao local reservado para os árbitros proferindo xingamentos. Depois, novamente invadiu a área do campo e passou a agredi-lo mais uma vez, agora com “vários socos”.

Helton Sant’Ana diz que não conhece o agressor e que inicialmente acredita ser pai de um aluno da Escolinha Rei Artur. Ele suspeita ainda que o mesmo tenha alguma ligação com a entidade de propriedade do ex-jogador de futebol Artur Oliveira, mas não deve tomar nenhuma atitude para levar o caso à Justiça.

– Estou em plena recuperação física e psicológica e, inclusive, já voltei a realizar serviços de arbitragem na tarde desse domingo. Agradeço a todas as pessoas que me deram apoio e prestaram solidariedade pelo fato ocorrido. Faço arbitragem há 10 anos e foi a primeira vez que aconteceu um fato como esse realmente – afirmou ao ge.

” Vamos então aos fatos com detalhes:

Na manhã de sábado estavam marcadas duas partidas válidas pela Copa Integração de Futebol de Campo sub-11 e sub-13 no campo B da Federação (de Futebol) entre a Escolinha do Galvez e Escolinha do Rei Artur.

Fiquei responsável como árbitro central por conduzir a primeira partida da faixa etária de 11 anos e o jogo entre as crianças aconteceu com total tranquilidade dentro do campo e a partida se encerrou com vitória do Galvez por 6 a 4.

No término da partida um suposto pai de atleta vestido com a camisa representativa da escola rei Artur invadiu o gramado já que o portão das grades que cercam o campo estavam abertas e ele veio em direção a mim e minha equipe de arbitragem que se encontrava no centro do campo aguardando todos se retirarem …. então, ele veio reclamando xingando e ofendendo com forte direcionamento dessas palavras contra mim e ao perceber que não me abalei com a situação me deu um soco no rosto (essa foi a primeira agressão mas sem danos nem ferimentos) .

Logo após isso ele acabou saindo do campo mas ficou no portão que ainda continuava aberto num local próximo ao espaço destinado aos árbitros e de lá continuou investindo nos xingamentos e ofensas enquanto eu e minha equipe estávamos nos preparando pra realizar a arbitragem da segunda partida da faixa etária de 13 anos e dessa vez com incentivo de outros pais , ele invadiu novamente o espaço do campo e cometeu essa segunda agressão com vários socos e após alguns instantes apareceram pessoas pra impedir que aquilo prosseguisse e o resultado final da brutalidade foi meu rosto sangrando e meu uniforme rasgado conforme mostra o vídeo que rodou redes sociais .

Mesmo assim após todo o tumulto decidi dar continuidade ao trabalho de arbitragem também na segunda partida justamente por gostar de apitar jogos e em respeito aos pequenos atletas e aos outros pais que não apoiam essas atitudes brutais e que vão torcer pelos filhos que são seus bens mais preciosos.”

Ainda no sábado, a Escola de Futebol Rei Artur divulgou nota nas redes sociais negando que o agressor exerça alguma função na entidade e lamentando o episódio. Confira a publicação: