Dia do vira-lata: como está o cachorro caramelo que virou ‘celebridade’

Dia Nacional do Vira-Lata incentiva adoção de cachorros e gatos sem raça definida (SRD). Caramelo 'Zé' ganhou coleira com identificação e é cuidado por estudantes e funcionários de faculdade da UFG

O Dia Nacional do Vira-Lata, celebrado nesta quarta-feira (31), incentiva a adoção de cachorros e gatos sem raça definida (SRD). Apesar de ser crime, muitos desses animais são abandonados e procuram lares – veja como adotar no final do texto.

Abandonado em um campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia, o cachorrinho caramelo Zé se tornou mascote de uma das turmas da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ). Ele, que já era uma celebridade no local, fez ainda mais sucesso depois que uma foto tirada no campus viralizou na internet e conquistou corações, em 2023.

Cachorro caramelo Zé e a estudante Daniela Silveira, na Universidade Federal de Goiás (UFG) — Foto: Arquivo pessoal/Daniela Silveira

Cachorro caramelo Zé e a estudante Daniela Silveira, na Universidade Federal de Goiás (UFG) — Foto: Arquivo pessoal/Daniela Silveira

A imagem, que mostra uma universitária, uma capivara e o simpático caramelo “sorrindo”, acumulou mais de 8 milhões de visualizações no Twitter. Agora, cerca de um ano depois, o carismático cachorrinho ilustra estampas de camisetas e posa para diversas fotos com estudantes da universidade.

A estudante de medicina veterinária que tirou a foto, Daniela Silveira, conta que Zé passou a ser cuidado tanto pelos estudantes quanto pelos funcionários da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ) e que ganhou até uma coleira que tem uma plaquinha com o nome e um telefone para contato, caso aconteça algo com ele.

Cachorro caramelo Zé e a estudante Daniela Silveira, na Universidade Federal de Goiás (UFG) — Foto: Arquivo pessoal/Daniela Silveira

Cachorro caramelo Zé e a estudante Daniela Silveira, na Universidade Federal de Goiás (UFG) — Foto: Arquivo pessoal/Daniela Silveira

“Ele se tornou uma celebridade. Os estudantes o reconhecem e adoram tirar foto. O adotamos como nosso mascote. Cuidamos dele com muito carinho”, contou a estudante.

Segundo a estudante, no dia da foto, o cachorro estava seguindo um grupo na fazenda da EVZ. “Foi engraçado porque, na verdade, eu fui tirar foto com a capivara, e logo o Zé entrou na foto e roubou a cena”, relembrou.

Saiba como adotar

Além de Zé, outros cães e gatos vira-latas foram abandonados na Universidade Federal de Goiás. Na tentativa de cuidar e encontrar lares para eles, estudantes do curso de Ciências Biológicas da UFG criaram o projeto “Ajude os Doguinhos”.

“A estimativa é que aproximadamente 100 cães passem pela UFG anualmente. Nossa estimativa é que aproximadamente 30 animais vivem no Campus Samambaia permanentemente, fora os animais do bairro que às vezes vão até lá”, contou uma das organizadoras do projeto, Lara Queiroz.

Por meio do Instagram, o projeto promove a adoção dos cães que estão no campus. Para adotar, basta entrar em contato diretamente com a equipe.

Lara Queiroz ressalta que abandonar animais é crime e que a Universidade Federal de Goiás possui diversas câmeras pelos campi. “Animais são abandonados constantemente na universidade”, lamentou a estudante.

Estudante de medicina veterinária com cachorro e capivara na UFG — Foto: Arquivo Pessoal/Daniela Silveira

Estudante de medicina veterinária com cachorro e capivara na UFG — Foto: Arquivo Pessoal/Daniela Silveira

O projeto, que é mantido com doações, já promoveu cuidados para aproximadamente 40 animais, oferecendo serviços como castração de cães e gatos, retirada de espinhos de porco-espinho, tratamento de cinomose, tratamento de doença do carrapato, além de cuidados como alimentação e vacinação.

“O projeto teve início em 19 de junho de 2023, devido a preocupação de alunos do curso de Ciências Biológicas da UFG com os cachorros feridos que se encontravam abandonados na universidade”, explicou Lara Queiroz.

Ao g1, a UFG afirmou que instituiu um grupo de trabalho que é responsável por encaminhar discussões sobre resoluções e portarias relacionadas ao manejo ético e responsável dos animais abandonados na universidade.

Segundo a universidade, o grupo de trabalho conta com a participação de estudantes, que ajudam a desenvolver ações para tutoria responsável. A instituição também informou que também há um projeto para microchipagem dos pets, para o acompanhamento desses animais.

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