PL Mulher proíbe coligações com partidos de esquerda e cita ‘razões óbvias’

A ala comandada por Michelle Bolsonaro decidiu reforçar decisão da Executiva nacional do partido nas eleições de outubro

BRASÍLIA. O PL Mulher, ala do Partido Liberal comandada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, emitiu uma nota oficial para reforçar a proibição de coligações com legendas de esquerda nas eleições municipais de outubro. O comunicado informa que a orientação segue uma decisão do PL de forma nacional.

“As razões para essa decisão são óbvias. Para exemplificar, basta ver o que está acontecendo na Venezuela e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis àquele regime ditatorial. Não queremos que o Brasil tenha esse mesmo destino!”, diz o comunicado.

Foto: Divulgação/PL

A nota pede que quem identificar coligação irregular, ou seja, que descumpra a orientação, faça uma denúncia ao partido até 15 de agosto. Isso “considerando a dificuldade de se saber tudo o que acontece nos 5.568 municípios do país e visando viabilizar a execução da decisão de proibição”. As denúncias serão analisadas pelas esferas da estrutura partidária para que medidas cabíveis sejam adotadas.

Publicada pela ala nacional do partido, a proibição tem sido seguida por diretórios estaduais do PL. O presidente da legenda em Minas Gerais, o deputado federal Domingos Sávio, publicou um comunicado com tom semelhante e citou que “não será admitida a coligação com a Federação PT, PCdoB e PV”.

“Essa proibição visa manter a coerência nacional do Partido, seus princípios éticos e responder a comunidade política e a orientação de nossas lideranças que exigem tal postura. Dessa forma, informamos que, em caso de descumprimento desta determinação a convenção será invalidada e destituída a Comissão Provisória do município”, escreveu.
PUBLICIDADE