Após fechar fronteira com o Acre e Mato Grosso, cidades da Bolívia registram falta de combustíveis

Sem o produto, o país pode parar, como já acontece no Alto Acre e na região de Corumbá, no Mato Grosso

Além da fronteira com o Acre, outras regiões fronteiriças da Bolívia com o Brasil, como na região de Corumbá, no Mato Grosso, também estão sendo fechadas desde a madrugada de 1º de agosto. Trata-se de protestos de partidários do ex-presidente Evo Morales contra o atual Governo de Luiz Arce.

Por causa do fechamento das fronteiras, começa a faltar combustível para os bolivianos, já que o transporte do produto, principalmente de diesel, passa, necessariamente, por rodovias brasileiras. Desde a quinta-feira, a fronteira está fechada para o tráfego de caminhões de cargas. Apenas veículos de passeio cruzam a linha internacional entre os dois países.

A escassez do diesel impede que o setor de transporte pesado funcione normalmente em grande parte do país/Foto: Aizar Raldes/AFP

A paralisação é organizada por transportadores sindicalizados e pelo setor do transporte pesado, que exigem uma resposta rápida sobre a escassez de diesel na Bolívia. Conforme foi informado, a categoria mantém os protestos por tempo indeterminado.

“A medida é de âmbito nacional e por tempo indeterminado. Esperamos que o diesel chegue ao país”, disse Marcelo Cruz, dirigente dos transportes pesados internacionais.

Além de pontos estratégicos, os bloqueios ocorrem em Santa Cruz de la Sierra, desde as primeiras horas da manhã vários pontos estratégicos e arredores ficaram bloqueados. Um dos pontos de protesto é no quilômetro 13 da avenida rodoviária dupla a La Guardia, que liga a capital Santa Cruz aos municípios do sul do país e à antiga rodovia para Cochabamba.

A Administração Rodoviária Boliviana (ABC) informa que somente nas estradas, há mais de 50 pontos de bloqueio nos nove departamentos. As cidades mais afetadas são Santa Cruz, Cochabamba, Oruro, Sucre e El Alto, onde o trânsito está completamente paralisado em ruas e avenidas de cada cidade.

A escassez do diesel impede que o setor de transporte pesado funcione normalmente em grande parte do país.

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