Um ataque aéreo de Israel contra uma escola na Faixa de Gaza deixou pelo menos 17 palestinos mortos neste sábado (3). A ação ocorreu horas após dois ataques na Cisjordânia ocupada matarem nove militantes, incluindo um comandante local do grupo terrorista Hamas.
A escola atingida em Gaza abrigava pessoas deslocadas no bairro de Sheikh Radwan, disse o escritório de mídia governamental administrado pelo Hamas.
Os militares israelenses disseram que a escola estava sendo usada como centro de comando do Hamas, para esconder militantes e fabricar armas. O Hamas negou as acusações israelenses de que opera a partir de instalações civis, como escolas e hospitais.
Mais cedo, neste sábado, ataques aéreos de Israel mataram seis pessoas em uma casa no sul de Rafah e dois outros na Cidade de Gaza, mais ao norte, segundo autoridades de saúde de Gaza.
O Exército israelense disse que as suas incursões atacaram militantes e destruíram a infraestrutura do Hamas em Rafah e em outras regiões no enclave.
Mais de 39,5 mil palestinos morreram desde a escalada das tensões entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A ofensiva foi iniciada pelo ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e fez 250 reféns, segundo estatísticas israelenses.
Uma delegação de Israel deve chegar em Cairo ao longo do fim de semana para discutir uma possível liberação de reféns e um acordo de cessar-fogo em Gaza.
Ataques na Cisjordânia
O Exército israelense disse que o primeiro ataque aéreo atingiu um veículo em uma cidade próxima a Tulkarm, com foco em uma célula de militantes que, segundo eles, estava a caminho de realizar um outro ataque.
Um órgão de imprensa do Hamas disse que um veículo levando combatentes foi atingido e um dos mortos era um comandante da brigada de Tulkarm. Grupos da Jihad islâmica palestina reivindicaram os outros quatro homens como seus combatentes.
Horas depois, um segundo ataque atingiu outro grupo de militantes armados que atiraram contra tropas israelenses, afirmou o Exército de Israel, durante o que descreveu como uma operação de contraterrorismo em Tulkarm.
A agência de notícias palestina WAFA disse que quatro pessoas morreram naquele ataque, e o Hamas disse que todos os nove mortos nos dois ataques israelenses na Cisjordânia eram combatentes.
A violência na Cisjordânia estava crescendo antes mesmo da guerra Israel-Hamas em Gaza e segue aumentando desde então, com frequente incursões israelenses nesses territórios, que estão entre aqueles que os palestinos buscam como parte de um Estado.
Também houve um aumento nos ataques de rua anti-israelenses por parte de palestinos.
Os últimos ataques nos territórios palestinos ocorreram em meio às crescentes tensões de Israel com o Irã e o grupo libanês Hezbollah, que alimentaram temores de um conflito ampliado no Oriente Médio.