Presos acusados de matarem colega de cela por estrangulamento são absolvidos em Júri Popular

Tribunal entendeu que, no caso, os dois eram inocentes e que foram obrigados a assumir crime que não cometeram; vítima morreu enforcado com corda improvisada

Presos por outros crimes, os presidiários Aldemir Silva da Costa, o “D “14”, e Eliton Oliveira de Lima, sem apelido conhecido, foram absolvidos em julgamento do Tribunal do Júri Popular, mas vão continuar presos. O julgamento ocorreu na segunda-feira (19) mas, nesta terça (20), eles já estavam de vota às celas do presídio estadual.

Os detentos foram absolvidos/Foto: Reprodução

Os dois foram julgados e absolvidos pela acusação de assassinato de Thailon Rocha Borges, companheiro de cela de ambos. O conselho de sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Criminal, decidiu que, no caso, os dois eram inocentes.

A denúncia do Ministério Púbico do Estado do Acre (MPAC) apontou que, na noite de 14 de outubro de 2018, Thailon Borges foi assassinado na cela 15, do pavilhão “D”, do presídio Francisco de Oliveira Conde. Além da acusação aos dois réus agora absolvidos, a acusação também apontou outros dois presos da mesa cela, Aldemir Silva e Eliton Oliveira, como participantes do crime em ações para destruir provas, o que caracterizou o crime de fraude processual.

A denúncia apontou que, com a vítima já morta, os acusados limparam o local e esconderam a “corda”, (feita de improviso lençóis) com a qual estrangularam a vítima. No entanto, o conselho de sentença, entendeu que as provas não eram suficientes para um condenação e, que os réus teriam sido obrigados a assumir o crime, que não cometeram. O MPAC não inforou se vai recorrer da decisão e pedir novo julgamento.

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