Rachas, reconciliações e alianças: prefeitos que trocaram de partido para disputar reeleição

Veja detalhes na coluna Pimenta no Reino, do jornalista Matheus Mello

Dos 14 prefeitos que disputam a reeleição no Acre nas eleições deste ano, 8 escolheram novos partidos para concorrer ao cargo. O caso mais conhecido é o do prefeito da capital, Tião Bocalom, que foi eleito pelo Progressistas em 2020, contudo, disputará a reeleição pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Bocalom foi convidado a se retirar do Progressistas para disputar a reeleição por outro partido. Mesmo com o racha, meses depois o prefeito se reconciliou com a antiga casa e aceitou ter como vice um nome indicado pelo PP: o ex-secretário Alysson Bestene.

Bocalom e Bestene/Foto: Reprodução

Progressistas de Gladson

Mais da metade de todos os prefeitos que mudaram de partido de 2020 para 2024, escolheram o Progressistas, sigla presidida pelo governador Gladson Cameli. Ao todo foram 5.

É o caso do prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, eleito em 2020 pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ele foi expulso do partido por infidelidade partidária e abraçado pelo governador Gladson Cameli.

Outro prefeito que pousou no Progressistas foi o de Jordão, Naudo Ribeiro. Ele foi eleito em 2020 pelo PDT e agora disputa a reeleição pelo partido de Gladson e Mailza.

O mesmo aconteceu com o prefeito de Porto Walter, César Andrade, eleito pelo MDB em 2020.

Tirou do Petecão

O Progressistas ainda ‘roubou’ outros dois prefeitos. Eles haviam sido eleitos em 2020 pelo PSD, do senador Sérgio Petecão. As baixas foram consideradas perdas importantes para o partido, que agora, segue sem nenhum prefeito no Acre.

Foram eles: Camilo Santana, de Plácido de Castro e Valdelio Furtado, de Marechal Thaumaturgo.

Até vice-prefeito

O Progressistas ainda conseguiu filiar até o atual vice-prefeito de Brasiléia, Carlinhos do Pelado, que agora disputa a Prefeitura do município. Em 2020, ele havia sido eleito pelo PSB ao lado da prefeita Fernanda Hassem, na época no PT. Ambos deixaram seus partidos e se filiaram a sigla de Gladson.

Outros casos!

Há ainda dois outros prefeitos que deixaram suas siglas em que haviam sido eleitos em 2020, para concorrer a reeleição em 2024 em outras casas.

É o caso do prefeito Olavinho, eleito pelo MDB, vai disputar a reeleição pelo Republicanos, do deputado federal Roberto Duarte.

O segundo é prefeito de Epitaciolândia, o delegado Sérgio Lopes. Ele havia sido eleito em 2020 pelo PSDB. O prefeito deixou o partido e se filiou ao PL, do ex-presidente Bolsonaro para disputar a reeleição.

Fiéis as suas casas

Mas nem todos os prefeitos pularam para outros barcos. Há gestores que decidiram continuar nos seus partidos e vão disputar a reeleição neste ano pela mesma casa que foram eleitos em 2020.

E boa parte deles são do Progressistas, partido de Gladson Cameli e do PDT.

Pelo Progressistas:

Zequinha Lima, em Cruzeiro do Sul;
Rosana Gomes, em Senador Guiomard;

Pelo PDT:

Padeiro, no Bujari
Maria Lucineia, em Tarauacá

Outros dois prefeitos seguiram nos seus partidos: Manoel Maia, eleito pelo DEM e disputará a reeleição pelo União Brasil (partido da junção entre DEM e PSL) e Tamir Sá, em Santa Rosa do Purus, que segue no MDB.

Se esse for o desenrolar …

Se as urnas forem boas com os prefeitos que disputam a reeleição, o Progressistas de Gladson Cameli sairá vencedor nestas eleições, sendo o partido com o maior número de prefeituras, assim como aconteceu em 2020.

Mudam-se as siglas e os nomes, mas o partido de Gladson Cameli segue sendo gigante no Acre.

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