CPI das Apostas Esportivas é prorrogada e Lucas Paquetá será ouvido

A comissão aponta as acusações dos cartões amarelos forçados pelo jogador em partidas de 2022 e 2023, no mesmo momento em que apostadores do bairro de Paquetá, Rio de Janeiro, ganharam dinheiro nas plataformas digitais

A CPI das Apostas Esportivas teve um avanço em sua investigação sobre as fraudes no futebol, um passo grande e positivo para o esporte brasileiro. Iniciada em 2023, a CPI promete controlar as fraudes nas apostas do esporte mais famoso no país com medidas rígidas, mesmo quando envolvem nomes famosos.

Ela foi criada para investigar e solucionar possíveis fraudes nos jogos de azar ligadas aos esportes, depois da descoberta de denúncias. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com o senador Jorge Kajuru na presidência, recebeu diversas denúncias sobre jogadores e colaboradores dos times mudando os resultados para a lucratividade de apostadores.

A fim de combater o crime organizado nas apostas das plataformas de jogos online e manter a regulamentação, diversos envolvidos são ouvidos e investigados. A manipulação de resultado é uma prática ilegal, também conhecida como match-fixing, onde os envolvidos no esporte recebem uma quantia para realizar uma ação em campo, garantindo o ganho de uma aposta. A distribuição de informações privilegiadas também faz parte do golpe, quando é enviada para terceiros em troca de montantes milionários.

Lucas Paquetá fez o quarto gol do Brasil contra a Coreia do Sul aos 37 minutos do primeiro tempo – (crédito: Pablo PORCIUNCULA / AFP)

É importante salientar que plataformas confiáveis de apostas são tem envolvimento com o processo, apenas serviram de base para os crimes, aponta o site especializado JustGamblers Brasil.

A CPI teria um período mínimo de duração após a investigação das denúncias, com o fim propagado para outubro, mas deve ser estendida com os novos elementos que surgiram. Alguns documentos indicam as fraudes e acabam de chegar na mão dos responsáveis, a análise prorroga o fim do inquérito, são mais de 300 partidas com suspeita de manipulação.

“A gente vai até o recesso natalino. É a nossa posição porque, além do que chegou para nós da Receita e da Polícia Federal, tudo muito grave, temos 109 partidas que trouxeram a confirmação de manipulação de resultados por meio da empresa Esporte Radar, contratada pela CBF [Confederação Brasileira de Futebol]. Temos outras 200 partidas, de 2020 até hoje, com suspeitas de manipulação. De 109, subimos para 309 partidas. Creio, então, que está justificado o pedido de prorrogação desta CPI”, esclarece o presidente da CPI esportiva.

Envolvimento de Lucas Paquetá nas fraudes esportivas

Atualmente atuante no West Ham, time inglês, e na seleção brasileira, Lucas Paquetá é um dos investigados da CPI. O presidente Kajuru pediu que o atleta fosse ouvido após denúncias de conduta duvidosa na Premier League. De acordo com a Federação Inglesa de Futebol, Lucas efetuou jogadas em prol de apostas, o match-fixing, em quatro jogos do campeonato.

A comissão aponta as acusações dos cartões amarelos forçados pelo jogador em partidas de 2022 e 2023, no mesmo momento em que apostadores do bairro de Paquetá, Rio de Janeiro, ganharam dinheiro nas plataformas digitais. 

“Os fatos tiveram repercussão no Brasil, pois algumas dezenas de apostadores residentes na área de origem do jogador (a ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro) apostaram nos cartões amarelos do atleta e, por isso, fizeram jus à premiação”, afirma Jorge Kajuru.

Em nome de suas amizades de Paquetá, a conduta do craque do futebol foi facilmente descoberta. Lucas realizou as manobras fraudulentas, portanto terá que explicar o ocorrido em breve e corre os risco de sérias punições pelo ocorrido.

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