O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, que disputa a reeleição pelo PL nas eleições deste ano, recorreu a Justiça Eleitoral para tentar suspender a divulgação de novas pesquisas eleitorais feitas pelo Instituto Delta.
Em todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas pela Delta, ele apareceu em 2º lugar, atrás do candidato do MDB, Marcus Alexandre.
Os advogados de Bocalom questionaram a ordem dos nomes dos candidatos nos questionários feitos pela pesquisa. A defesa alegou que essa ordem pode favorecer os candidatos adversários do prefeito na disputa. Na petição, Bocalom também questiona a capacidade financeira da Agência Delta e denuncia que o proprietário da empresa cumpre o papel com imparcialidade, por ter supostamente prestado serviços ao MDB – partido de Marcus Alexandre -, em eleições passadas.
A coligação ‘Produzir para Empregar’ pediu ainda a suspensão imediata de divulgação de novas pesquisas feitas pela Delta. Há a previsão de que novos números sejam divulgados nos próximos dias, em mais uma pesquisa encomendada pelo jornal AC 24 horas.
À coluna, a assessoria do prefeito disse que Bocalom não irá comentar sobre o caso.
Primeira vez
Bocalom já comentou várias vezes que não acredita em pesquisas eleitorais. Na época que os números da Real Big Time e da Delta foram divulgados, o prefeito declarou que ‘a verdadeira pesquisa se diz nas ruas’. Contudo, essa é a primeira vez que ele decide judicializar um instituto de pesquisas.
E não mentiu
Para defender a tese de incredulidade nas pesquisas, o prefeito sempre lembra das eleições de 2020. Na época, em todas as pesquisas ele aparecia em 3º lugar, atrás da então prefeita Socorro Neri e do atual presidente da FEM, Minoru Kinpara.
Resultado: Bocalom não venceu as eleições logo no primeiro turno por menos de 1%.
Bastidores em crise
A Justiça Eleitoral do Acre acatou também o pedido de impugnação de oito candidaturas nas eleições deste ano e determinou a suspensão delas. A informação é do jornal A Tribuna.
A determinação causou um ataque do coração coletivo e pode mudar os rumos das eleições em cinco municípios do estado.
O mesmo acontece em Brasiléia, só que na casa do MDB. A ex-prefeita Leila Galvão, que também compõe a lista de inelegíveis do Tribunal de Contas do Estado (TCE), é outra com candidatura impugnada. Por lá, ela só disputa o cargo contra apenas um candidato: o atual vice-prefeito, Carlinhos do Pelado, agora no Progressistas.
A lista ainda conta com o candidato em Marechal Thaumaturgo; o ex-prefeito Antônio Barbosa de Sousa (Zum), que disputa uma cadeira na Câmara Municipal de Assis Brasil e o vereador Diojino Guimarães da Silva (PDT), que busca a reeleição para a Câmara de Vereadores de Epitaciolândia.
Todos eles ainda podem recorrer da decisão.