Ano vai terminar com baixo desemprego e inflação na meta, diz Haddad

Ministro da Fazenda garantiu que a economia vai seguir “surpreendendo positivamente”. Haddad participou de evento em SP nesta sexta (30)

O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) voltou a afirmar nesta sexta-feira (30/8) que o governo terá déficit zero este ano, baixo desemprego e inflação na meta. As afirmações foi feitas em evento realizado pela corretora XP, em São Paulo. Em conversa com o CEO do Banco XP, José Berenguer, o ministro ressaltou que todas as projeções de mercado do começo de 2023 foram frustradas pelos bons resultados no fechamento do ano passado. Ele ainda disse que a economia vai seguir surpreendendo positivamente.

“Previam 0,8%, 0,9% de crescimento, nós já atingimos 2,9%. Esse ano, vamos ficar acima da marca de 2,5%. A economia brasileira surpreende positivamente quando você começa a arrumar, a apertar os parafusos”, pontuou.

O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) voltou a afirmar nesta sexta-feira (30/8) que o governo terá déficit zero este ano/Foto: Reprodução

O ministro lembrou que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi criticada e chamada de “PEC da gastança”, mas que a medida foi necessária porque não havia como descontratar despesas como o Novo Bolsa Família, com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) ou mesmo o novo piso da enfermagem. Citou também ter recebido um orçamento com um déficit de R$ 60 bilhões, mas que conseguiu equacionar.

“Recebemos um orçamento com R$ 60 bilhões de déficit e 17% do Produto Interno Bruto (PIB) de receita, a menor receita dos últimos muitos anos. Eu poderia passar uma tarde falando de um legado difícil de administrar. O que nós dizíamos no ano passado? Que a gente ia terminar com 1% do PIB de déficit. Nesse ano nós estamos mirando zero, com 0,25% de banda, que dá mais ou menos R$ 28 bilhões”, explicou.

Haddad disse acreditar que os fundamentos da economia vão falar mais alto do que a especulação ou a incerteza que ainda pairam no horizonte. “Estou bastante confiante que nós vamos terminar o ano bem, com a Bolsa subindo e com o PIB reajustado para cima, com baixo desemprego e inflação dentro da meta”.

O ministro garantiu ainda que, em sua avaliação, o marco fiscal está estabilizado: “O arcabouço está estabilizado e ele tem que ser cumprido a partir de agora”, disse.

Além de citar os feitos de sua gestão, o ministro afirmou que seu trabalho é mais difícil que o de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central e brincou que quase se indicou para a vaga. “Acho meu emprego até mais difícil do que o dele. Eu quase me indiquei para a presidência do Banco Central para trocar de cadeira. Acho mais fácil lá do que meu trabalho”, disse.

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