Os depoimentos dos presos no Mato Grosso sob suspeita de participação no duplo assassinato da candidata a vereadora em Porto Esperidião (MT), Rayane Alves Porto, e da irmã dela, Rithiele Alves Porto, revelam que o crime teria sido conduzido e ordenado por um suposto líder da facção Comando Vermelho (CV), conhecido como Véio, que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Os assassinatos, ocorridos na madrugada de sábado (14/9), teriam sido motivados por uma foto tirada uma semana antes e publicada por Rayane nas redes sociais, na qual ela e a irmã, no entendimento dos faccionados, estariam fazendo o sinal da facção rival Primeiro Comando da Capital (PCC).
Desde então, Rithiele e Rayane, que concorria pela primeira vez a um cargo público na cidade, ficaram marcadas pelo grupo. A imagem, registrada em um momento de lazer em família, no Rio Jauru, no dia 8 de setembro, circulou no grupo de WhatsApp do CV. Os sinais feitos por elas com a mão, mostrando três dedos em evidência, foram vistos como um suposto apoio ao PCC.
De dentro do presídio, o líder do CV na região, identificado como Véio nos depoimentos aos quais o Metrópoles teve acesso, teria ordenado o sequestro das jovens, conduzido por chamada de vídeo a tortura sofrida por elas em uma casa no Centro de Porto Espiridião e, em seguida, determinado as mortes.