Viana e Lula sofrem grande humilhação ao serem escondidos na campanha de Marcus Alexandre

A campanha de Marcus Alexandre, que deveria ser um novo começo, pode acabar se tornando um campo de batalha

Em um cenário político marcado por reviravoltas e tensões, a campanha de então petista Marcus Alexandre para a prefeitura de Rio Branco, agora pelo MDB, se torna um retrato da desconexão entre passado e presente. A figura de Jorge Viana, ex-governador e uma das principais referências do PT no Acre, parece ter sido colocada em segundo plano, em uma estratégia que muitos consideram uma humilhação.

Jorge Viana, conhecido como o “rei do Acre”, foi o mentor político de Marcus Alexandre, transformando-o de um simples servidor público em prefeito da capital acreana por dois mandatos. Agora, com Marcus em busca de um novo espaço político, a falta de menções a Viana em sua campanha é notável. A humilhação é palpável, especialmente considerando que as eleições estão se aproximando e Jorge não aparece em nenhum dos programas eleitorais de seu outrora protegido.

Jorge Viana, Marcus Alexandre e Lula/Foto: Montagem

Além do ex-governador, a ausência de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha também chama a atenção. O presidente, que em seu breve mandato já destinou recursos significativos ao Acre, incluindo a recuperação da BR 364, não é mencionado por Marcus Alexandre. Em um movimento que gera estranheza e críticas, a equipe de campanha de Marcus instruiu os cabos eleitorais a não associar sua imagem a qualquer liderança petista.

Um petista de longa data, que preferiu manter sua identidade em sigilo, expressou sua perplexidade: “Eu sei que o Jorge vai estar com Marcus Alexandre, se ele ganhar, mas não entendo como o Jorge Viana se presta a esse papel, de ficar dentro de uma toca esperando passar as eleições. E o presidente Lula, que já fez tanto pelo Acre, não teve seu nome citado em nenhum momento na campanha de Marcus Alexandre. Será que eles têm vergonha do presidente?”

Essa situação levanta questões sobre a estratégia de Marcus Alexandre. Ao tentar se distanciar de figuras emblemáticas do PT, ele pode estar, na verdade, criando um racha com uma base que ainda se lembra das conquistas do passado. O movimento pode ser visto como uma tentativa de se alinhar com o MDB, em busca de um eleitorado que rejeita o petismo, mas ao custo de deslegitimar os aliados que o ajudaram a chegar onde está.

Enquanto as eleições se aproximam, a expectativa sobre como essa dinâmica se desenrolará é palpável. Jorge Viana, ainda que relegado ao silêncio, pode ter um papel crucial no futuro político de Marcus, mas a forma como essa relação se desenvolve nos próximos dias será determinante. A campanha de Marcus Alexandre, que deveria ser um novo começo, pode acabar se tornando um campo de batalha entre a necessidade de renovação e a importância do legado. O dilema é claro: até onde vale a pena esconder os padrinhos em nome de uma nova imagem?

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